Terça-feira , 20 de Janeiro DE 2009

HORA DE FÉ

Não é por causa dos estudos e do progresso das ciências que os homens se tornam materialistas, mas por causa do orgulho e da vaidade. Isso afirma Kardec, em O Livro dos Espíritos, reproduzindo instruções espirituais, na questão 148. E, a seguir, comenta: “Por uma aberração da inteligência, há pessoas que não vêem nos seres orgânicos mais do que a ação da matéria, e a esta atribuem todos os nossos atos”.
Essa aberração da inteligência torna-se mais evidente em nossos dias. A diagnose de Kardec foi de absoluta precisão. No momento exato em que a cultura terrena perde as suas bases materiais e passa a girar na órbita do espírito – é absurdo, simples absurdo, lamentável prova da deformação da lógica pelo orgulho, a opção do materialismo. A matéria se desfez em energia, e, portanto, em vibração, nas mãos dos físicos; a descoberta da antimatéria revelou novo plano de vida; a Astronáutica abriu-nos a possibilidade de contato com outros mundos habitados; os materialistas foram surpreendidos com a possibilidade de ver e fotografar o corpo espiritual do homem, e puderam constatar que esse corpo não se destrói com a morte.
Quais os dados que esses avanços do conhecimento oferecem a favor da concepção materialista? Só uma aberração da inteligência, uma deformação da razão, pode levar alguém a deduzir, dessa enorme revolução científica, que o materialismo saiu vitorioso. Os próprios filósofos materialistas, como no caso de Bertrand Russell, viram-se obrigados a estranhos malabarismos aumentais para defender a sua concepção. Sartre, o filósofo do nada, perdeu popularidade em favor de Heidegger, até há pouco acusado de cair no misticismo.
É tolice dizer que o desenvolvimento atual das ciências favorece o materialismo. O próprio Einstein afirmou, bem antes desses avanços mais recentes: “O materialismo morreu por falta de matéria”. Quem opta pelo materialismo, nesta altura da evolução científica, revela falta de senso ou distúrbio do raciocínio. Seria o mesmo que Tomé dizer a Jesus ressuscitado: “Se toco as tuas chagas é porque não morreste”.
A tendência para o materialismo é ainda muito comum entre os jovens. “A juventude – disse Ingenieros – toca a rebate em toda renovação”. Os jovens trazem a missão de renovar o mundo e por isso lutam contra os princípios dominantes, rebelam-se contra os sistemas tradicionais. A luta da Ciência contra a Religião – o dogmatismo fideísta emperrando o progresso – mostra-lhes de que lado estão as forças renovadoras. Eles se alistam afoitamente desse lado. Mas o Espiritismo transformou esse quadro, revelando que a Ciência também pode frear o progresso. Os dogmas do materialismo científico são tão prejudiciais quanto os do fideísmo religioso. E os moços começam a compreender isso.
Temos de ajudar os jovens, mostrando-lhes que o Espiritismo não sofre dos prejuízos do dogmatismo fideísta ou do dogmatismo religioso. Temos de mostrar-lhes que a Ciência Espírita é hoje a posição de vanguarda. Mas para tanto é necessário desenvolvermos a Cultura Espírita, criando o clima adequado à compreensão da Doutrina em sua plenitude e não apenas no seu aspecto religioso. Ai dos que tentam afastar os jovens do Cristo, subordinando-os à rotina dos velhos. O Espiritismo é a juventude do mundo, é a rebelião contra os erros do passado. Ele nos propõe uma hora de fé, mas de fé racional, de fé pelo saber.
Irmão Saulo
Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 20:13
Segunda-feira , 19 de Janeiro DE 2009

Curas Efetuadas por Jesus



Antes de abordarmos exemplos de curas feitas por Jesus, recordemos explicações da Doutrina Espírita sobre enfermidades e curas.

Ação dos espíritos sobre os fluidos e seu reflexo sobre o corpo físico

Pelo pensamento e a vontade, os espíritos agem sobre os fluidos, que ficam impregnados das qualidades (boas ou más) dos pensamentos e sentimentos que os fazem vibrar (quer encarnado ou não o espírito que sobre eles atua).
A atividade do espírito influi sobre os fluidos do seu perispírito. Quando intensa e reiterada, se reflete no corpo, de modo benéfico ou maléfico, segundo a natureza dos pensamentos e sentimentos.
Basicamente, é das lesões ou perturbações vibratórias do perispírito que se originam as doenças orgânicas ou psíquicas, bem como as deficiências funcionais sem causa aparente. A etiologia das doenças está, pois, nos distúrbios espirituais, da anual ou das anteriores existências.
Jesus afirma essa relação espírito-corpo nas enfermidades,
ao dizer, quando curava alguém: "Os teus pecados estão perdoados".
Obs: Existem também enfermidades causadas por influência de espíritos; sua cura será estudada na aula que falará sobre desobsessão no Evangelho.

Cura por ação fluídica

Encarnados ou não, os espíritos têm no seu próprio perispírito um reservat6rio de fluidos (bons ou maus) e podem endereçá-los a outros seres. Os fluidos bons podem servir como agente terapêutico, para reparação perispiritual ou de reflexos no corpo.
O poder curativo dependerá:
- da pureza da substância fluídica inoculada;
- da energia da vontade (para emissão mais abundante e maior força de penetração dos fluidos).
"É muito comum a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do exercício; mas, a de curar instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é mais rara e o seu grau máximo se deve considerar excepcional" (item 34, cap.
XIV, "A Gênese", de A-K-).
Jesus a muitos curou por ação fluídica ("ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças", Mt. 8:16/ 17) e recomendava aos discípulos que assim agissem: "Curai os enfermos" (Mt. 10:8).

Condições para a cura - a importância da fé

A recepção e assimilação dos fluidos dependerá das condições no paciente e no ambiente (problemas cármicos e outras circunstâncias) que favoreçam ou não a permuta e assimilação fluídica.
"Com relação à corrente fluídica" o curador age como uma bomba calcante e o enfermo "como uma' bomba aspirante", esclarece Kardec ("A Gênese", XV, item li), acrescentando:
"Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das ações; doutras, basta uma só".
A fé, portanto, não é uma virtude mística mas uma força atrativa.
Quando o enfermo não tem essa fé, "opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou pelo menos uma força de inércia, que paralisa a ação".
Podemos entender, agora, porque Jesus, ao curar alguém, dizia: "Se tiveres fé" ou "A tua fé te salvou".
Algumas curas que Jesus fez por ação fluídica

Apenas pelo olhar e pela palavra


Nestes casos, Jesus transmite magnetismo pelo olhar e motiva psicologicamente a pessoa pela palavra, além dos fluidos que emana e com sua vontade potente dirige para o enfermo, embora sem tocá-lo ou usar qualquer outro recurso material.
1 ) Ao paralítico, no tanque de Betesda, indaga (Jo. 5 :1/9):
- Queres ser curado?
Ante a resposta afirmativa, ordena:
- Levanta-te, toma o teu leito e anda.
Imediatamente o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar.
2) Age de modo semelhante com o paralítico de Cafarnaum (Mt. 9:2/8, Mc. 2:1/12 e Lc. 5:17/26).
- Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa.
E, levantando-se, partiu para sua casa.

Pelo toque ou imposição das mãos

1) "...todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias (lc 4:40) lhos traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um".
2) Aproximou-se dele um leproso, rogando-lhe de joelhos:
- Senhor, se queres, podes tomar-me limpo. (Mc. 1:40/45) Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o, e disse-lhe:
- Quero, fica limpo1 (Mt. 8: IR.) No mesmo instante lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo.
3) Em Jericó, Jesus passava acompanhado por uma multidão.
Um cego estava à margem do caminho. Ouvindo que era Jesus quem passava, pôs-se a segui-lo clamando para que o curasse.
(Mc. 10:46/52, Lc. 18:35/43 e Mt. 20:29/34.) Jesus parou e mandou chamá-lo.
- Que queres que eu te faça?
- Mestre, que eu tome a ver.
- Vai; a tua fé te salvou.
E imediatamente o cego tomou a ver, e seguia Jesus estrada afora. (Mateus diz que eram 2 cegos e que Jesus lhes tocou os olhos).
4) Quando iam prender Jesus no Horto das Oliveiras, Pedro sacou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita.
Mas Jesus acudiu, dizendo: Deixai, basta.
E, tocando-lhe a orelha (ao servo ferido), o curou. (Mt.
26:47/56, Mc. 14:43/50, Lc. 22:47/53 e Jo. 18:2/11.) Outros exemplos:
Jesus abençoa as criancinhas impondo-lhe as mãos.
(Mc.10: 13/16.) Jesus cura a sogra de Pedro, de febre muito alta: "tomou-a pela mão", e "repreendeu a febre". (Mt. 8:14/15, Mc. 1:29/31 e Lc. 4:38/39.) Cura de um hidrópico:
"E tomando-o o curou e o despediu". (Lc. 14:1/6.) Cura de dois cegos:
"Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos". (Mt. 9:27/31.)

Com saliva

1) Então lhe trouxeram um surdo e gago e lhe suplicaram que impusesse a mão sobre ele. (Mc. 7:32/37.) Jesus, tirando-o da multidão, à parte, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e lhe tocou a língua com saliva; depois, erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá, que quer dizer: Abre-te.
Abriram-se-lhe os ouvidos e logo se lhe soltou o empecilho
da língua, e falava desembaraçadamente.
2) Então chegaram a Betsaida; e lhe trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse. (Mc. 8:22/26.) Jesus, tomando-o pela mão, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe:
- Vês alguma coisa?
Este, recobrando a vista, respondeu:
- Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando.
Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia de modo perfeito.
Destaquemos nestas duas passagens: usou o toque, a saliva (propriedades medicinais?), a oração e a palavra; retirou o enfermo para longe da multidão, porque poderia prejudicar a realização do fenômeno pela mentalização inferior.

Com saliva e com terra

1) Encontrando um cego de nascença, Jesus "cuspiu na terra, e tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe:
- "Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado).
"Ele foi, lavou-se, e voltou vendo". (Jo. 9:1/12.) Se esta passagem está fiel ao acontecido, tentemos uma análise:
Por que usou terra? Talvez tivesse propriedades medicinais? Ou serviria para remover algo aderido ao globo ocular?
Por que usou saliva? Talvez por ser preciso fazer uma pasta para colocar nos olhos do cego e ali não devia haver água (jà que depois o cego precisou ir lavar-se no tanque de Siloé).
Por que ir lavar os olhos depois? Talvez a água do tanque também fosse medicinal, complementando o processo curador.
Ou porque, após curar, a lama deveria ser retirada e nada melhor do que a água para isso.

Curas à distância

Jesus trabalhava assessorado por uma equipe espiritual.
Em certos casos, havendo vibrações e fluidos favoráveis dos participantes, era possível aos bons espíritos, a mando de Jesus, se dirigirem até onde o enfermo se encontrava e lá curá-lo.
Também podia ocorrer comunicação com espíritos que lá já se encontrassem, para realizarem a cura com o apoio dos fluidos e vibrações oferecidos.
Assim se explicam as curas seguintes, em que os enfermos, à distância, ficaram curados no mesmo momento em que Jesus assegurava isso.
l) Cura do criado de um centurião romano, em Cafarnaum. (Mt. 8;5/13.) O enfermo ficara em casa, o centurião foi até Jesus pedir a cura.
"Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te e seja feito conforme a tua fé. E naquela mesma hora o servo foi curado".
2) Em Caná, um oficial do rei pede a Jesus a cura do filho que ficara em Cafarnaum, enfermo. (Jo. 4:46/54.) "Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce, antes que meu filho morra." "Vai, disse-lhe Jesus; teu filho vive." "O homem creu na palavra de Jesus e partiu" (para Cafarnaum) vindo a saber, depois, que o filho ficara bom exatamente na hora em que Jesus afirmara a sua cura.

Por lhe tocarem as vestes

"... punham os enfermos nas praças, rogando-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua veste; e quantos a tocavam saíam curados". (Mc. 6:55/56.) Não era o fato de lhe tocarem as vestes que os curava e, sim, o de entrarem em contacto com sua aura ou campo de irradiação fluídica.
E "todos " se curavam? Os que ofereciam condições para tanto.
É o que fica evidente no caso a seguir:
1) Cura de uma mulher hemorroíssa. (Mt. 9:19/23 e Lc.
8:42/48.) Há 12 anos tinha ela um fluxo sangüíneo e já se havia tratado com vários médicos, sem alcançar a cura e gastando tudo quanto possuía.
Tendo ouvido a fama de Jesus, a mulher veio por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste, porque dizia:
- Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada.
E logo se lhe estancou a hemorragia e sentiu no corpo estar curada.
Jesus perguntou:
- Quem me tocou?
Todos negavam que tivessem feito isso e os apóstolos, então, argumentaram com Jesus:
- Mestre, as multidões te apertam e te oprimem (ou seja, muitos estavam tocando em Jesus).
Mas Jesus insistiu:
- Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder (ou virtude, força) (percebera que alguém atraíra seus fluidos).
E olhava ao redor para ver quem o tocara.
Então a mulher, vendo que não podia ocultar-se, cônscia do que nela se operara, trêmula se aproximou, prostrou-se diante de Jesus e declarou-lhe o que fizera e por quê.
Jesus lhe disse:
- Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz, e fica livre do teu mal.

Por que Jesus não curava a todos

A doença é uma terapêutica da alma, dentro do mecanismo da evolução humana. É a filtragem, no corpo, dos efeitos prejudiciais dos desequilíbrios espirituais. Funciona, também, como processo que induz à reflexão e disciplina das atitudes.
Enquanto não produziu seus efeitos benéficos, não deve ser suprimida.
De todos os enfermos que o procuravam, Jesus curou
somente aqueles em quem os efeitos purificadores da enfermidade já haviam atingido seu objetivo reequilibrante, ou aqueles que já apresentavam condições para receberem esse auxílio no corpo físico.
"Curai os enfermos", mandou ele aos seus discípulos, mas completou: "anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus" (Lc. 10-9). Não queria que apenas curassem corpos mas que orientassem os enfermos para o entendimento e cumprimento das leis de Deus, porque a verdadeira cura é a do espírito e esta não se dá apenas pela supressão dos sintomas da doença física, a qual é tão-somente uma conseqüência.

Ante a possibilidade de enfermar

Para evitar as enfermidades, cuidemos não só do corpo mas do espírito, cultivando bons pensamentos e sentimentos, praticando o bem e não o mal.
Se, apesar de nossos cuidados, a enfermidade nos vier:
a) Encaremo-la como um alerta/advertência ou, ainda, como conseqüência do passado, a exigir um reajuste para voltarmos ao equilíbrio espiritual.
b) Não compliquemos mais a situação com tristeza e desânimo, revolta e agressividade.
c) Busquemos na Medicina e nos recursos espirituais o alívio possível e, quem sabe, até mesmo a cura.
d) Procuremos nos conscientizar quanto ao que possa ter causado a enfermidade e modifiquemos para melhor o nosso comportamento, a fim de evitar o prosseguimento do mal e sua instalação mais profunda!
e) Apliquemo-nos no bom emprego de nossas possibilidades de ação (apesar das limitações que a enfermidade nos cause), a fim de compensar o desequilíbrio já causado, manter o equilíbrio nas áreas não comprometidas e adquirir merecimento para sermos socorridos espiritualmente.

Se não formos curados

"Se, porém, malgrado os nossos esforços não o conseguirmos" (ficar curados), devemos "suportar com resignação os nossos passageiros males". ( "O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap. XXVIII, V, item 77), pois "lesões e chagas, frustrações e defeitos em nossa forma externa são remédios da alma que nós mesmos pedimos à farmácia de Deus ". (Emmanuel, em "Seara dos Médiuns", cap. "Oração e Cura").

Quando curados, sejamos gratos

Jesus havia curado um grupo de 10 leprosos. Apenas um retomou para agradecer. O Mestre indagou:
- Não foram dez os limpos? Onde estão os outros nove?
(Lc. 17:17.) Jesus não fazia questão do agradecimento pessoal. Mas quis ensinar: A cura sempre representa uma concessão da misericórdia divina, que permitiu recebêssemos de outrem recursos para nos refazermos e sairmos da situação dolorosa e prejudicial em que estávamos.
Quem é curado precisa reconhecer isso e ser grato pela colaboração prestada por quem se fez intermediário dessa bênção.
Não ser grato pela cura revela que a pessoa não entendeu quanto lhe foi concedido e, provavelmente, não saberá valorizar nem conservar a bênção recebida. A falta de gratidão ante a cura física revela que a pessoa ainda não alcançou a cura mais importante e definitiva: a do espírito.

Para não haver recaída

Encontrando no Templo o paralítico que havia curado no Tanque em Betesda, Jesus lhe diz:
- Olha que já estás curado; não peques mais para que não te suceda alguma coisa pior. (Jo. 5:14.) De fato, restabelecido o equilíbrio fluídico, é preciso que a pessoa o mantenha pelos bons pensamentos, sentimentos e atos.
Senão, poderá gerar novas lesões orgânicas ou predisposição para enfermidades.
CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 18:59
Domingo , 18 de Janeiro DE 2009

A EXISTÊNCIA DE JESUS

“Jesus não teria sido um mito?”
A idéia de que Jesus é um “mito” levou alguns pensadores europeus a publicarem livros a respeito. Mas todo o esforço nesse sentido foi mal dado, diante daquilo que Deus negou a esses pensadores, isto é, diante das provas históricas irrefutáveis da existência de Jesus. Pois Jesus não está na História. Ele fez a História. O mundo em que vivemos é o mundo cristão e o mundo cristão nasceu de que? Dos ensinamentos de Jesus.
Alguns naturalmente se apegam a certas exposições de pensadores materialistas, que querem negar a existência de Jesus.
Mas a mesma é tão mais firmada na História do que qualquer outra. Além disso, os fatos comprovados e investigados atualmente, nas pesquisas universitárias, não apenas nas pesquisas dos religiosos, mostram que realmente Jesus existiu, foi um homem, agiu intensamente na Palestina, criou uma nova concepção do mundo, que foi registrada pelos seus discípulos, aparecendo mais tarde nas formulações dos Evangelhos.
Poderão dizer, por exemplo: Os Evangelhos foram escritos muito depois da morte de Jesus. Sim, tinha que ser assim; é preciso saber que os Evangelhos se basearam em fontes muito importantes.
Uma delas é chamada Aslogia, que são as anotações feitas pelos apóstolos e discípulos-apóstolos, durante as pregações de Jesus.
Aslogia são, portanto, elementos colhidos no próprio momento em que Jesus pregava, em que ele vivia, em que ele agia entre os homens; aquilo que se chama o Proto Evangelho de Marcos, que é geralmente designado pela expressão alemã Ur Marcos. Por que Ur Marcos? Porque é um Evangelho que surgiu ainda no início da era apostólica, logo após a morte de Jesus, elaborado por
alguém que se dizia ser Marcos. Não sabemos se Marcos era ele.
Esse Evangelho relatou então a vinda de Jesus e os acontecimentos que foram figurados no Evangelho de Marcos. É por isso que se chama o Proto Evangelho de Marcos. Porque é o Evangelho que vai dar base ao Evangelho de Marcos.
Ernesto Renan, por exemplo, que foi o grande investigador histórico, famoso por suas obras de investigação da história do Cristianismo, tem livros dedicados aos Evangelhos em que explica pormenorizadamente e afirma, de maneira decisiva, que os mesmos nasceram do círculo dos mais íntimos de Jesus, dos seus familiares, dos seus discípulos, daqueles que privaram com Ele.
Passados mais de cem anos depois de Renan, aparece na França Charles Lindenberg, grande pesquisador e professor de história do Cristianismo na Sorbonne, que afirma, depois de profundos estudos a respeito, a mesma coisa que Renan.
Os Evangelhos nasceram nos círculos mais íntimos, ligados a Jesus, portanto procedem da fonte dos Seus ensinos orais. Se isso não bastasse para provar a existência de Jesus, existem todos os testemunhos, dados pelos apóstolos. Alguém pode dizer: não há na História um registro assim, por um historiador qualquer, da passagem de Jesus na Terra. Realmente, essa passagem foi obscura.
Jesus viveu na época do mundo clássico greco-romano. O que era importante, no tempo, era a história de Roma e não a história da palestina. O que se passava na Palestina tinha pouca importância.
Quando o historiador judeu Josefo trata da história da Palestina, ele não dá atenção a Jesus, porque Jesus era um rabino popular.
Ele era uma figura exponencial do mundo judaico; não era nem sequer um sacerdote do templo. Ele era um daqueles tipos de rabinos populares, mestres do povo, que andavam pela Palestina,
ensinando.
A grandeza de Jesus não era material, exterior. Não era dada pelos nomes, nem pelos títulos. Era a grandeza moral e espiritual de Jesus que transparecia nos Seus ensinos. E a melhor grandeza desses ensinos se confirma pelos resultados que eles produziram no mundo.
Qual foi o homem que, humildemente andando de sandálias, pelas praias de um lago humilde, como o lago de Genesaré, pregando nas estradas, nos povoados, nas ruas das cidades judaicas daquele tempo, numa província obscura do império romano, que era a Judéia, qual foi o homem, repito, que dessa humildade e nessa humildade conseguiu produzir, através simplesmente de palavras, ensinos orais, uma revolução total, que transformou a civilização greco-romana na civilização cristã? Quem conseguiu isso? Ninguém. Só Jesus. Esta é a maior prova, a mais decisiva prova de sua existência, do seu trabalho, da sua grandeza.
O pensamento de Jesus modelou a civilização em que vivemos.
E ainda esta civilização não conseguiu amoldar-se completamente ao pensamento de Jesus, porque se tivesse conseguido, estaríamos num mundo superior. O que Ele ensinou corresponde à
vida do homem terreno.
Para que maiores testemunhos visuais, oculares, da vida de Jesus, que os dos apóstolos todos que o seguiram na sua pregação, que assistiram, de perto ou de longe, a sua crucificação e o seu martírio, que depois deram testemunhos da sua ressurreição e que anunciaram o Evangelho de Jesus ao mundo inteiro? Para que maiores testemunhos do que aquilo que viram e assistiram? Esta é uma confirmação histórica.
Houve, também, um livro publicado em língua espanhola, com um título interessante: “Napoleão é um mito”, no qual o autor, que diz ser sido Jesus um mito, se apoiou num dado curioso: Napoleão era cercado por 12 generais. Veio do Oriente para o Ocidente. Fazia o chamado “trajeto solar”. Era um “mito solar”.
Napoleão era como o sol no Zodíaco, cercado por 12 signos.
Assim, ligando os pormenores, o autor espanhol elaborou a tese mitológica da existência de Jesus, a qual pretendia que Jesus fosse, também, um “mito solar”.
J.Herculano Pires – No Limiar do Amanhã
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 16:16
Sábado , 17 de Janeiro DE 2009

AGRADEÇAMOS

Sabemos que a nossa mente, para evoluir, sofre processos de transformação por vezes violentos e rudes, qual acontece à terra necessitada de amanho para produzir.
Nos círculos da natureza, observamos o arado, vergastando o solo e ferindo-o, e se a grande massa rochosa aparece, de improviso, impedindo o esforço do lavrador, notamos que a dinamite comparece, estilhaçando os obstáculos...
Assim também a nossa inteligência não se modifica sem a visitação da dificuldade.
A lâmina dos problemas inquietantes como que nos tortura, dia-a-dia, constrangendo-nos à compreensão mais justa da vida e se o endurecimento espiritual é a nota de nossas reações, ante a passagem da máquina renovadora do sofrimento, surgem os impactos diretos da provação sobre a nossa experiência pessoal, desintegrando-nos antigas cristalizações no egoísmo e no orgulho.
Ofereçamos o coração do Divino Cultivador que é Jesus.
Digne-se o Mestre Divino fazer de nossa existência o que lhe aprouver.
Os golpes sublimes da Vontade superior sobre os nossos desejos serão recursos do máximo proveito para o nosso próprio futuro.
Se a dor nos procura, em forma de incompreensão do meio ou na máscara de tristes desilusões terrestres, abençoemo-la, acentuando a nossa fé viva em Nosso Senhor e continuemos servindo o próximo, na medida de nossas possibilidades, porque a dor é realmente a Sábia Instrutora, capaz de elevar-nos da Terra para os Céus.

MEIMEI
Livro: Sentinelas da Alma.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 02:32
Sexta-feira , 16 de Janeiro DE 2009

JESUS E JUSTIÇA

Tem por objetivo a justiça reparar o dano causado e corrigir o infrator, tornando-o útil à sociedade na qual se encontra.
A justiça trabalha em favor da educação uti­lizando-se de métodos disciplinares, inclusive limitando a liberdade do delinqüente, a fim de poupá-lo, bem como a comunidade, de males mais graves.
O delito resulta do desrespeito aos códigos estabelecidos de leis que regem os povos, propiciando direitos e deveres iguais aos indivíduos.
Quando a justiça se corrompe, o homem tresvaria e o abuso da autoridade conduz aos extremos da sandice.
Em uma sociedade justa, todos desfrutam de oportunidades iguais de progresso, face a uma idêntica distribuição de rendas. Nela, o forte am­para o fraco, o sadio socorre o enfermo, o jovem ajuda o idoso, comportamento natural, decorren­te de uma consciência clara de dever, que estabe­lece a felicidade como conseqüência da solidariedade entre as diversas criaturas.
À medida que o homem desenvolve os senti­mentos e a inteligência se aprimora, as suas leis são mais brandas e a sua justiça mais eqüânime.
Nos povos primitivos, a “lei do mais forte” prevalecia, substituída, mais tarde, pela condi­ção absurda da hereditariedade, até alcançar os elevados princípios sóciodemo cráticos, nos quais, a responsabilidade pessoal tem prioridade na ação livre dos seus membros.
É longo, porém, ainda, o caminho a percor­rer, para que seja alcançado o respeito do homem pela vida, pelo próximo, pela natureza, pela jus­tiça sem arbitrariedade, sem punição.

*

Jesus fez-se paladino da justiça equânime.
Sua atitude para com as pessoas era sempre a mesma: de benevolência, com o objetivo da educação.
A Nicodemos, que era doutor da alta câma­ra do Sinédrio, concedeu uma entrevista, nada diferente daquela que facultou a Zaqueu, o co­brador de impostos, ou à convivência com Lázaro e suas irmãs, em Betânia, ou ao ladrão, na cruz, que Lhe buscara apoio.
Reconhecendo que os homens se diferen­ciam pelas suas conquistas intelectuais e mo­rais e que a hierarquia na qual se encontram é de aquisição pessoal e sem jactância ou privilé­gios, a todos proporcionava as mesmas condições e oportunidades, jamais se excedendo com qual­quer um deles.
À adúltera, ou à vendedora de ilusões, ou aos sacerdotes que o interrogaram, ou aos saduceus hábeis, ou aos fariseus hipócritas, sempre concedeu o mesmo tratamento.
Quando invectivou os que tentavam envol­vê-lo em ciladas sofistas, comprometedoras, usou de energia sem esquecer da compaixão, por sabê-los enfermos da alma, da qual procedem todos os fenômenos do comportamento.
Num período de arbitrariedades, foi magnâ­nimo; de abuso do poder, falou sobre a renúncia à arrogância, e fez-se humilde; de exploração, ensinou a generosidade e viveu-a.
Propõs que a nossa não fosse a “justiça dos fariseus” que. moralmente doentes, esfalfavam os fracos, exploravam as viúvas e as crianças, apro­veitando-se da situação.
E quando Pilatos, que iria lavar as mãos cul­padas pela pusilanimidade do caráter. Lhe dis­se que tinha poder e autoridade sobre Ele, redargüiu-lhe que estes lhe haviam sido concedidos, des­de que, por sua vez, ele também se encontrava sob uma condução maior. Porque o verdadeiro poder, a excelente justiça, vêm de Deus.

*

Emaranhado nos próprios erros e tropeçan­do nas malhas da incompleta justiça humana, reeduca-te.
Vítima das circunstâncias infelizes que te pesam, confia em Deus e aguarda.
Injustiçado e sob arbitrária cobrança, não te desesperes.
Paga agora o que esqueceste de regularizár ontem, certo de que a falência das leis terrenas não te exime de ser alcançado pela divina justiça.
Melhor que estejas sob reparação de com­promissos, dos quais não te recordas, do que gozando de liberdade física, mas carregando a consciência culpada que se esconde na ilusão.
A real justiça sempre encontra o infrator.
Por tua parte, sê justo, eqüânime para com todos, tomando como modelo de comportamen­to Jesus, que nunca se recusava.
Joanna de Angêlis
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 17:46
Quinta-feira , 15 de Janeiro DE 2009

DEPOIS DA MORTE

Filhos, depois da morte é que valorizareis, com maior propriedade, cada minuto que a Divina Providência vos concedeu no corpo físico... Além das estreitas fronteiras do túmulo é que lamentareis a oportunidade de ascensão espiritual que malbaratastes, permitindo-vos envolver em questiúnculas de somenos...
Quando vos contemplardes, redivivos, na Vida que se desdobra para lá do sepulcro, é que observareis o que fizestes de vós mesmos na imagem que se vos refletirá no espelho da própria consciência...
Quando maior lucidez vos favorecer nas Dimensões do Infinito, sereis invadidos pelo inevitável remorso de quem, sobre a Terra, não se ocupou quanto deveria da Verdade que transcende os interesses imediatos dos homens...
Pranteareis, então, a inversão de valores a que consagrastes a existência, reconhecendo-vos na condição do aluno leviano que tudo daria para voltar às primeiras lições, na escola que . desprezou, e recomeçar o aprendizado...
Olhareis o céu constelado na vastidão do Cosmos que não alcançais e suspirareis, de novo, pelo aconchego do ninho terrestre, robustecendo as asas frágeis nos vôos em que muitos vos antecederam...
Então, porque disputastes sem medir conseqüências para a felicidade alheia, tornareis ao mundo sem que a luta vos conceda tréguas à paz...
Caminhareis entre a renúncia e o sacrifício, silenciando queixas e dores, para as quais, na maioria das vezes, os que renteiam convosco serão omissos...
Tomando nos ombros a cruz que desprezastes, seguireis com determinação em meio a injúrias e apupos, à semelhança Daquele que, um dia, nos mostrou o caminho de acesso à Grande Altura!...
Filhos, não relegueis a plano secundário o que vos seja de interesse para a Vida fora das dimensões da matéria que logo chega.
Enquanto vos sorri o Dia e a Grande Noite não vem, trabalhai com afinco preparando o lugar que vos aguarda em plena imortalidade.
Ainda hoje, modificai os vossos propósitos para o bem e sejam mais nobres os vossos passos na Vida!
Bezerra de Menezes
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:37
Quarta-feira , 14 de Janeiro DE 2009

SEMENTES DA CORRUPÇÃO

Dia desses um garoto chegou em casa e perguntou à mãe quanto ela lhe pagaria se ele tirasse nota dez na prova.
A proposta surpreendeu a genitora, acostumada a educar os filhos com lucidez e bom senso.
"Por que eu deveria lhe pagar por isso, meu filho?" Perguntou com tranqüilidade.
"Ora, mãe, o pai do meu amigo vai pagar cem reais se ele tirar um dez na prova de inglês."
"E você acha isso correto, filho?"
"Ah, eu acho que cem reais dá para comprar uma porção de coisas...," respondeu o menino, entusiasmado.
A sábia educadora aproveitou o momento para um diálogo esclarecedor com o filho amado.
"Filho, você acha correto o que esse pai está fazendo, pagando para o filho fazer o que é apenas a sua obrigação?"
O garoto respondeu que não sabia se era certo ou não, e a mãe continuou:
"Você já ouviu falar em corrupção?"
"Sim", disse o menino.
"E você acha direito uma pessoa cobrar para fazer a sua obrigação?"
"Não, eu não acho."
"Estudar é sua obrigação, não é filho?"
"Sim, é minha obrigação."
"Pois bem, seu pai e eu fazemos a nossa parte, que é lhe dar oportunidade de aprender para que seja um homem instruído e possa ser útil à sociedade da qual faz parte.
Mas não desejamos que seja apenas instruído.
Queremos, acima de tudo, que seja um homem de bem, um homem moralizado, um homem digno e justo.
É por isso que você nunca irá receber dos seus pais qualquer compensação para fazer a sua parte."
O garoto concordou com a mãe, mas, ainda interessado no assunto questionou:
"Quer dizer que isso é corrupção, mãe?"
"Sim. Pagar alguém para fazer ou deixar de fazer a sua obrigação é corrupção.
Existem funcionários que recebem um salário para fazer o seu trabalho mas costumam pedir um valor a mais, uma ´gratificação´ para ´agilizar´ o processo.
Isso significa que estão prejudicando aqueles que não têm dinheiro para pagar esse ´favor´ ou que não compactuam com essa prática."
Talvez para deixar o ensinamento mais claro para o filho, a mãe continua:
"E a corrupção não está relacionada exclusivamente com o dinheiro, filho. Quando um juiz, por exemplo, que julga uma causa e favorece um amigo ou outro interesse qualquer, sem considerar a verdadeira justiça, está se corrompendo e corrompendo o sistema. Qualquer pessoa, enfim, que age em desacordo com sua própria consciência, é corruptora dos bons costumes."
Se o garoto entendeu tudo não se sabe, mas abandonou a idéia de receber um pagamento para tirar boas notas e foi estudar para a prova que iria fazer no dia seguinte.
Felizmente nem todos os cidadãos da nossa sociedade são corruptos ou corruptores.
Mas se você já sofreu algum tipo de extorsão, sabe o quanto é amargo o sabor desse tipo de violência.
Se você já sofreu qualquer tipo de injustiça por parte de quem deveria representar a sã justiça, sabe o quanto isso gera desgosto e infelicidade.
Pense nisso
E faça a sua parte para eliminar essas sementes nocivas de corrupção e desamor. Aja com honestidade e eduque seus filhos para serem cidadãos dignos e incorruptíveis.
Não se corrompa e não corrompa ninguém, pois é só assim que veremos o sol da plena justiça despontar num futuro próximo.
Autor:Equipe de Redação do Momento Espírita.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 22:06
Terça-feira , 13 de Janeiro DE 2009

À FRENTE DA MORTE

Não olvides que, além da morte, continua vivendo e lutando o Espírito amado que partiu...
Tuas lágrimas são gotas de fel em sua taça de esperança.
Tuas aflições são espinhos a se lhe implantarem no coração.
Tua mágoa destrutiva é como neve de angústia a congelar-lhe os sonhos.
Tua tristeza inerte é sombra a escurecer-lhe a nova senda.
Por mais que a separação te lacere a alma sensível, levanta-te e segue para a frente, honrando-lhe a confiança, como a fiel execução das tarefas que o mundo te reservou.
Não vale a deserção do sofrimento, porque a fuga é sempre a dilatação do labirinto em que nos arroja a invigilância, compelindo-nos a despender longo tempo na recuperação do rumo certo.
Recorda que a lei de renovação atinge a todos e ajuda quem te antecedeu na grande viagem, como o valor de tua renúncia e com a fortaleza de tua fé; sem esmorecer no trabalho – nosso invariável caminho para o triunfo.
Converte a dor em lição e a saudade em consolo, porque, de outros domínios vibratórios, as afeições inesquecíveis te acompanham os passos, regozijando-se com as tuas vitórias solitárias, portas a dentro de teu mundo interior.
Todas as provas objetivam o aperfeiçoamento do aprendiz e, por enquanto, não passamos de meros aprendizes na Terra, amealhando conhecimento e virtude, em gradativa e laboriosa ascensão para a vida eterna.
Deus, a Suprema Sabedoria e a Suprema Bondade, não criaria a inteligência e o amor, a beleza e a vida, para arremessá-los às trevas.
Repara em torno dos próprios passos.
A cada noite no mundo segue-se o esplendor do alvorecer.
O Inverno áspero é sucedido pela Primavera estuante de renascimento e floração.
A lagarta, que hoje se arrasta no solo, amanhã librará em pleno espaço com asas multicolores de borboleta.
Nada parece.
Tudo se transforma na direção do Infinito Bem.
Compreendendo, assim, a Verdade, entesourando-lhe as bênçãos, aprendamos a encontrar na morte o grande portal da vida e estaremos incorporando, em nosso próprio espírito, a luz inextinguível da gloriosa imortalidade.
________
F. de La Rochefoucauld em “Maximes”:
On n’est jamais si hereux ni si malheureux qu’on s’imagine.
Nunca se é tão feliz ou tão desgraçado quanto as aparências possam fazer supor.


(Francisco Cândido Xavier, por Emmanuel. Do livro Escrínio de Luz)
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 16:42
Segunda-feira , 12 de Janeiro DE 2009

CURA PELA MENTE

A mente é um fenómeno fantástico em se falando de cura. Bem disciplinada, com os métodos evangélicos, faz surpresa à ciência, valoriza a filosofia e sustenta a religião. As curas feitas pelo poder mental desafiam os célicos, pois é através dela que se reconhece o espírito, na eternidade que lhe é peculiar.
O instrumento da alma é o amor, visto que poderemos nos curar pelo amor, elevarmo-nos pelo amor, embelezarmo-nos pelo amor, e nos libertarmos, definitivamente, pelo amor. Ele é Deus, ele é tudo na nossa vida. Ao nos aproximarmos de um doente, é de bom senso que limpemos a mente, se ela estiver toldada pêlos pensamentos indesejados. E é bom que essa tarefa se inicie pela prece, para que depois a vontade encontre ambiente adequado no terreno das sugestões. A delicadeza predispõe todo e qualquer enfermo que nos ouve a colocar-se na mais alta receptividade espiritual. E a mente educada colocará à sua disposição grande acúmulo de fluidos espirituais, que representa o bem-estar e cura quase instantânea, dependendo de quem as aplica e da sua elevação diante do Cristo.
Todas as qualidades evangélicas, todas as virtudes espirituais obedecem a uma escala progressiva. Quanto mais subirmos, mais facilmente desempenharemos as nossas atividades. Uma mente adestrada está sempre em convénio com outras da sua espécie, doando-lhe, de certa forma, o magnetismo referente ao seu estado de coisas.
O dom é uma flor que exala perfume de acordo com a natureza da árvore, e esta o extrai de fontes diversas, na engrenagem sutil do seu energismo. Todos somos médiuns e o que passa por nosso intermédio e é atraído pela sintonia,corresponde aos anseios dos dois pólos de vida: o que comunica e o que recebe. Poderemos, sobre esse assunto, lembrarmo-nos com proveito do Evangelho, que nos informa que ninguém recebe o que não merece. E essa justiça nada mais é do que o amor que se manifesta em todas as direções da vjda, de acordo com o ambiente. Mas é sempre ele. Desde a força eletrostática até a mecânica gravítica das galáxias, da formação de um lar até bilhões de pessoas em um planeta, de um simples perdão de pessoa para pessoa até a fraternidade dos anjos, sempre, sempre é ele - o amor.
Se nos dispusermos a curar os enfermos, ou pelo menos aliviar os nossos semelhantes, em primeiro lugar, entremos na escola do amor. Que seja pela prece, que seja pela caridade, que seja pela obediência, que seja pela humildade, que seja pelo perdão, que seja pela alegria, pois ele é um sol de mil raios, é um palácio de mil portas, é uma mansão divina de mil divisões. Liguemos sua trajetória e comecemos a ser médicos de nós mesmos e dos outros.
Se ainda não aprendestes a falar, começai educando a palavra. A harmonia dos sons, pelo que ele leva da mente espiritualizada aos que ouvem, é como que um banho salutar da alma. O magnetismo, que poderemos doar na hora da conversação com os que sofrem, é uma transfusão de vida, de alegria e de esperança.
Aprendei a dividir a atenção, no momento da fala, corrigindo a formação dos pensamentos, selecionando ideias, e observando o movimento dos lábios, para que eles possam ter um ritmo agradável, e os fluidos espirituais que se formarão na vossa mente, em conjunção com outros companheiros desencarnados, serão melhores que todos os elixires, porque é isso que se chama fé, é isso que se chama amor.
E, se porventura, com essa prática, tornar-vos um ser belo, uma fonte generosa de simpatia, um portador de saúde, não deveis vos orgulhar com o fenômeno, mas dar graças a Deus, por serdes instrumento capaz de desempenhar eficientemente um papel de relevância espiritual na Terra. O belo é arte elevada da própria natureza, a harmonia é dom comum de todas as coisas.
Lembrai-vos de que, pela mente disciplinada, podeis operar maravilhas.
espírito Miramez
livro Horizonte da Mente
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:24
Domingo , 11 de Janeiro DE 2009

ABENÇOA SEMPRE

Seja onde for, abençoa para que a benção dos outros te acompanhe.
Todas as criaturas e todas as cousas te respondem, segundo o toque de tuas palavras ou de tuas mãos.
Abençoa teu lar com a luz do amor, em forma de abnegação e trabalho, e o lar abençoar-te-á com gratidão e alegria.
Abençoa a árvore de tua casa com a dádiva e teu carinho e a árvore de tua casa abençoar-te-á com o perfume da flor e com a riqueza do fruto.
Se amaldiçoas, porém, o companheiro de cada dia com o azorrague da censura, dele receberás a mágoa e a desconfiança.
Se condenas o animal que te partilha o clima doméstico à fome e à flagelação, dele obterá rebeldia e aspereza.
Em verdade, não podes abençoar o mal, a exprimir-se na crueldade, mas deves abençoar-lhe as vítimas para que se refaçam, de modo a extinguí-lo.
Não será justo abençoes a enfermidade que te aflige, mas é indispensável abençoes o teu órgão doente, para que com mais segurança se reajuste, expulsando a moléstia que, às vezes, te impõe amargura e desequilíbrio.
Não amaldiçoes nem mesmo por pensamento.
A idéia agressiva ou destruidora é corrosivo em nossa boca, sombra em nossos olhos, alucinação em nossos braços e infortúnio em nossa vida.
Abençoa a mão que te fere e a mão que te fere aprenderá como eximir-se da delinqüência.
Abençoa o verbo que te insulta e evitarás a extensão do revide.
Abençoa a dificuldade e a dificuldade revelar-te-á preciosas lições.
Abençoa o sofrimento e o sofrimento regenerar-te-á.
Abençoa a pedra e a pedra servirá na construção.
Não olvides o Divino Mestre da Bênção.
Jesus abençoou a Manjedoura e dela fez o berço luminoso do Evangelho nascente; abençoou a Pedro, enfraquecido e vacilante, transformando-o em vigoroso pescador de almas; abençoou a Madalena obsidiada e nela plasmou o sinal da sublimação humana; abençoou Lázaro, cadaverizado, e devolveu-lhe a vida; e, por fim, abençoou a própria cruz, nela esculpindo a vitória da ressurreição imperecível.
Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoara a tua passagem para sempre.
Scheilla
Livro: Visão Nova - Francisco Cândido Xavier - Autores Diversos
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 21:58

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