AS MANIFESTAÇÕES ESPIRITUAIS
Algumas pessoas acreditam que a existência dos espíritos, e as manifestações espirituais são fenômenos sobrenaturais e que de certa forma estas manifestações são insólitas.
Os fatos e a experiência desmentem tais suposições, pois as manifestações dos espíritos são conseqüências de leis naturais, leis que escapam a uma primeira observação – já que os espíritos possuem uma natureza que difere da natureza corpórea – mas que podem ser observadas e estudadas sistematicamente através, por exemplo, das reuniões mediúnicas.
Não se pode afirmar que este ou aquele fenômeno de aspecto incomum é sobrenatural e derroga as leis da natureza por seu aspecto insólito, pois se tais fenômenos ocorrem, as leis que os regem são desconhecidas do mundo material, mas nem por isso deixam de ser fenômenos naturais, pois podemos supor que determinado fenômeno é regido por uma lei, quando se pode obter a repetição do mesmo, quando há uma relação entre causa e efeito.
O filósofo espírita J. Herculano Pires cita no prefácio de seu livro "Ciência Espírita" na nota de esclarecimento que a "filosofia espírita foi reconhecida pelo Instituto da França e figura no Dicionário Técnico da Filosofia de Lalande, que o reconhecimento da ciência espírita, em virtude de suas implicações gnosiológicas profundas provocaram uma revolução copérnica nas ciências e por causa da fragmentação destas em diversas especificações, somente agora, com o desenvolvimento da parapsicologia, conseguiu o seu reconhecimento pelos grandes centros universitários do mundo". "Basta lembrar o ectoplasma de Richet, que levaria mais tarde a descoberta por físicos e biofísicos do plasma físico como o 4º estado físico da matéria". "O conceito de matéria que se pulverizou nas mãos dos físicos, atingindo o plano da antimatéria.
A suposta incompatibilidade de matéria e antimatéria caiu por terra com a produção de um antiátomo de hélio em laboratório, comprovando-se a realidade dos espaços interpenetrados". "As famosas pesquisas da Universidade de Kirov na extinta URSS, onde cientistas soviéticos (materialistas) descobriram o corpo bioplásmico do homem (perispírito segundo o espiritismo).
O materialismo do estado soviético fez calar toda esta epopéia científica e tecnológica da Universidade de Kirov, mas as descobertas foram registradas e divulgadas por pesquisadores da Universidade de Prentice Hall, nos Estados Unidos". "Na primeira metade do século, Raul de Montandon já havia obtido na França por meios mais modestos, fotos de corpos bioplásmicos de animais e Gustave Geley - médico francês – comprovaria em Paris o fluxo de ectoplasma em torno das sessões mediúnicas.
As mãos humanas funcionavam no passe espírita como antenas que captam e transmitem as energias do plasma vital de antimatéria". "As pessoas que argumentam que de acordo com a ciência a vida começa no feto, aqueles que ainda se opõem ao reconhecimento da imortalidade da alma e da reencarnação, jogam com argumentos e não com fatos, portanto de maneira não científica". "A codificação do Espiritismo obrigou os mais famosos cientistas do século XIX a pôr de lado as suas preocupações com a matéria para descobrir e provar a existência do espírito, como aconteceu com Willian Crookes, Charles Richet ( prêmio Nobel de Medicina em 1919), Alexandre Aksakof, Ochorowicz, Friedrich Zollner, e tantos outros".
"Em nosso século, Rhine e McDougal desenvolveram a parapsicologia e suas pesquisas hoje são vitoriosas em todo o mundo". O Espiritismo não aceita qualquer fato, qualquer fenômeno como sendo fruto da ação dos espíritos, como ressalta Kardec no cap. II do Livro dos Médiuns.
Segundo o codificador, pensar assim seria conhecer bem pouco do Espiritismo. O próprio método desenvolvido por Kardec para codificar a doutrina espírita baseou-se na racionalidade, seriedade e coerência. Kardec chegou a ressaltar que é preferível rejeitar nove verdades a aceitar uma mentira. O conhecimento do Espiritismo não se dá de uma maneira superficial, pois o Espiritismo é toda uma ciência, filosofia e religião.
O Espiritismo trata das mais complexas questões filosóficas, em todos os setores da ordem social, abrangendo ao mesmo tempo o homem físico e o ser moral. A doutrina dos espíritos perscruta a causa da dor do ser humano, o seu futuro e a finalidade da vida terrena.
No campo científico, investiga a situação dos homens após a morte física, suas relações com os encarnados, e as leis que regem estes fenômenos. Comprovada a imortalidade da alma, somos impelidos para o aspecto moral da doutrina espírita, que está alicerçado sobre o Evangelho de Jesus.
O Espiritismo e a doutrina que têm por finalidade reformar a humanidade moralmente, mostram que a vida terrena é um estágio no qual o ser deve crescer rumo a Deus, rumo à eternidade.
EVANGELHO E AÇÃO – junho/ 1996