Segunda-feira , 25 de Janeiro DE 2010

DAR NÓ EM PINGO D’ÁGUA

 

 

A respeito da tese do maior teólogo católico da atualidade, o espanhol André T. Queiruga, autor de “Repensar a Ressurreição”, Ed. Paulinas, de que a ressurreição é do espírito (Mateus 27,50 e 1 Coríntios 15,44), as aparições de mortos no momento da morte e ressurreição de Jesus (Mateus 27, 52) são também fenômenos de materializações de espíritos ou de vidência por parte de alguns médiuns. Se essas aparições  fossem mesmo com os próprios corpos dos indivíduos mortos, os evangelistas jamais deixariam de dar mais ênfase ao fato de os corpos estarem vivos do que ao fato de os mortos terem simplesmente aparecido! Esses fenômenos de aparições de mortos são universais, como o comprova o Ph.D. em física quântica da Universidade de Oregon, Amit Goswami (“A Física da Alma – A Explicação Científica para a Reencarnação, a Imortalidade e Experiências de Quase Morte”, Ed. Aleph, São Paulo, 2005). E sobre o morto ressuscitado, ao ser lançado na cova de Eliseu, estaria ele mesmo morto?  (2 Reis 13,21). Se se lançar um cadáver no sepulcro de Jesus, esse cadáver reviveria?
 
Vivemos hoje numa época em que as pessoas estão mais evoluídas, mais filósofas e, portanto, elas querem ver o preto no branco. Que se cuidem, portanto, os políticos e os líderes religiosos (que não é o caso do Sr. Rosário), já que não cola mais um político ficar dizendo “não sei de nada” e nem um líder religioso pregar doutrinas ambíguas imaginadas por teólogos do passado, tentando justificá-las dizendo que se trata de mistérios de Deus, pois o Mestre, ao afirmar que tinha ainda muitas coisas a dizer aos seus discípulos, mas que não o fazia porque eles não estavam preparados para tal, deu-nos uma prova cabal de que tudo o que Ele nos ensinou, fê-lo com clareza meridiana e sem nenhum mistério!

 

 
Os políticos e líderes religiosos que insistem com esses seus ensinos fantasiosos e exóticos, tentando, como se diz, passar azeite, como se fosse mel, nos lábios de seus correligionários, estão, pois, perdendo seu tempo, o que nos faz lembrar do conhecido e irônico adágio popular: tentam dar nó em pingo d’água!

 

 
 

 

 
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:07

Espiritismo - O Consolador Prometido por Jesus

 

 
O Espiritismo é reconhecido pelos seus adeptos, como sendo “O Consolador que Jesus prometera enviar aos homens”.
Baseando-se no que o Mestre disse, segundo consta no Evangelho de João, no capítulo 14, nos versículos de 15 a 17 e 26, podemos ver o seguinte texto:
“Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. Mas aquele Consolador, o EspíritoSanto, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”.
O Espiritismo como se sabe, é uma doutrina filosófica, cujos fundamentos estão centrados em fatos concretos e leis naturais ainda desconhecidas, ressaltando disso o seu aspecto científico.
No entanto, essa doutrina, modificando profundamente o pensamento do homem sobre a sua natureza, abrange todas as questões sociais, e conseqüentemente as questões religiosas.
Emanuel, o sábio mentor de Chico Xavier, em seu esclarecedor livro “O Consolador”, nos relata que o Espiritismo possui um tríplice aspecto de ser ao mesmo tempo, Ciência, Filosofia e Religião.
Vejamos este trecho:
Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais.
A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu”.¹
Equivocar-nos-íamos enormemente, se pensássemos que a tarefa do Mestre estivesse limitada àqueles períodos da Palestina.
Ele está atento todo o tempo, em relação aos destinos humanos, e sabe que não seria fácil para os homens o caminho da evolução espiritual, por isso prometera que enviaria mais tarde um Consolador, como vimos anteriormente, no Evangelho de João, para relembrar o que Ele dissera e nos ensinar todas as coisas que não poderiam ser entendidas naquela época. Em outras palavras: Futuramente, ele daria ao homem, um Consolador que prometera outrora, o qual se tornaria, a terceira revelação, que, a nosso ver, não é outra coisa senão a Doutrina codificada por Kardec.
Este não poderia apresentar-se como um ser encarnado, pois o corpo de carne é perecível.
Vemos na Doutrina Espírita, o Consolador prometido, pois ele cumpre aquilo que O Mestre Nazareno prometera.Ou seja: o conhecimento que faz que o homem saiba de onde vem, para onde vai e porque está neste planeta; faz com que a dureza das provações se torne menos difícil, pois acende em cada um a luz da esperança; além de despertar em cada um o sentimento de religiosidade natural que abre mão de dogmas, templos e hierarquias sacerdotais, fazendo com que o mesmo, dê mais importância às obras, do que à fé.
Uma das principais características do Espiritismo, é que ele nos aproxima do Supremo Arquiteto do Universo, assim como daquele que é o seu maior mensageiro aqui na Terra; Jesus, O Cristo.
Seguindo estes raciocínios, perguntaremos a todos:
Porque Deus, que é Onipotente, Onisciente e Onipresente, Soberanamente Justo e Bom, enviaria a este planeta um homem apenas, para esclarecer mais de 6 bilhões de seres humanos, quando pode fazê-lo através de “diversos enviados de sua parte”, para confundir os orgulhosos e lembrar de maneira mais precisa que somos todos Espíritos em trânsito para a evolução?
A Doutrina Espírita, cumpre a promessa de Jesus, ensinando aos homens a observância das leis morais, e fazendo-os compreender o que o Cristo havia dito por parábolas.
O Mestre Nazareno disse-nos no Evangelho do apóstolo Mateus:
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. (Mt 11,15).
O Espiritismo vem-nos abrir os olhos e ouvidos, porque fala-nos tudo clara e logicamente.
Levanta-nos o véu que há sobre certos mistérios.
Consola a todos aqueles que sofrem, dando-lhes uma causa justa em relação aquilo que estão passando no momento.
Se Jesus não falou tudo que teria para dizer, é que acreditava dever deixar certas verdades na sombra até que os homens estivessem prontos para compreendê-las.
Isto fica-nos claro, na seguinte passagem bíblica, a qual se encontra logo a seguir, e que está no Evangelho de João:
Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”. (Jo 16,12).
Para nós, esta é uma prova incontestável da necessidade de aguardar-se a evolução da humanidade, a fim de que esta pudesse suportar certos conteúdos que não poderiam ser compreendidos na época do Cristo.
Segundo ele mesmo declarou, seus ensinamentos estavam incompletos; e mais ainda, anunciava a vinda daquele que os deveria completar, dizendo-nos também as seguintes palavras no Evangelho de Marcos:
"Passará o Céu e a Terra, mas as minhas palavras não passarão”. (Mc 13,31).
Alguns pensam que é uma pretensão dos que professam o Espiritismo, conferir ao mesmo o título de Consolador.”
No entanto, este nos fornece todas as respostas que falam aos nossos corações, consolando-nos e preenchendo as lacunas deixadas pela cultura humana.
A conclusão que chegamos, é que: se o Espiritismo cumpre tudo aquilo que Jesus prometeu-nos, e se além disso, a Doutrina Espírita dizendo-nos de onde viemos, para onde vamos e o que estamos fazendo na Terra, ensinando-nos ainda, como devemos viver neste planeta, não pode ser pretensão nossa dizer que a religião codificada por Allan Kardec é realmente “o consolador prometido pelo Cristo”.
Mas se alguém considerar que seja mesmo uma afirmação pretensiosa, então teremos que também, considerar como pretensão o fato de Jesus ter dito que ele é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6).
Somente através de uma reforma íntima persistente, sendo esta consecutivamente ampla e constante, é que nós alcançaremos bem-aventuranças maiores tanto na Terra, quanto no Céu.
Bem, como nos disse um Espírito israelita, em Mulhouse, no ano de 1861.
“Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá”.²
 
Publicado na revista “Reformador” do mês de outubro, nº 2131, pp. 22 e 23.
 
__________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 XAVIER, F. C. O Consolador, (definição), Rio de Janeiro FEB, 2003, p. 19.
2 KARDEC, A. O EvangelhoSegundo o Espiritismo, (capítulo 1, item 9), Rio de Janeiro, FEB, 1996, p, 60
 
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:42

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