COMPANHEIROS DE JORNADA

Emmanuel

 

Talvez que um dos mais belos espetáculos ante a Espiritualidade  Superior, seja o de anotar a persistência dos companheiros enfaixados na  Vida Física, sempre que se mostrem decididamente empenhados a lutar pela  vitória do bem.

Companheiros que, em muitas ocasiões comparecem nas tarefas do bem,  vergados ao peso do sofrimento; que se reconhecem constantemente visitados  por forças contrárias aos compromissos que abraçam a lhes testarem a  resistência; que, não raro, suportam tempestades ocultas na própria alma:  que, às vezes, se sentem espancados por injúrias nascidas de muitos  daqueles aos quais se afeiçoaram com os mais altos valores da própria vida  e, que, no entanto, renovam as próprias forças na oração, através da qual  confiam em Deus e em si mesmos, prosseguindo adiante nos encargos  construtivos que lhes dizem respeito.

Em outras circunstâncias, eles próprios caem no erro, sempre natural  naqueles que ainda caminham sob os véus da existência física, mas sabem  reerguer-se, de imediato, com suficiente humildade para o recomeço da  marcha.

E trabalham. E se esfalfam na própria melhoria, respeitando a estrada  dos outros, da qual recolhem exemplos edificantes, sem procurarem qualquer  motivação à censura, evitando congelar a seara alheia.

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Se te propões a colaborar no levantamento do bem de todos, não desistas  de agir e servir.

Momentos sobrevirão em que o teu campo de atividades parecerá coberto  de sombras e sentirás talvez o coração trânsido de lágrimas.

Ainda assim, não te marginalizes.

Chora, mas prossegue lutando e trabalhando pelo bem comum.

Se tropeças, reajusta-te.

Se cais, levanta-te e continua em serviço.

Se desenganos te requisitam, torna ao replantio de esperanças maiores e  segue adiante, amando e auxiliando no melhor a fazer.

Relacionando as dificuldades que todos trazemos, por enquanto, nos  recessos do ser, é justo considerar que a vitória em nós e sobre nós ainda  nos custará muito esforço de construção e reajuste, entretanto, para  altear-nos ao ideal do bem, fixando energias para sustentá-lo, recordemos o  Cristo de Deus; regressando, depois da morte, à convivência dos discípulos,  Jesus nem de longe lhes assinala as deficiências e as fraquezas e sim lhes  reafirma em plenitude de confiança: - "Estarei convosco até o fim dos  séculos."

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:01