Quinta-feira , 29 de Julho DE 2010

ALVORADA ESPIRITUAL

Princípios espíritas

 

 

Graças ao Espiritismo, Revelação que Deus nos envia pelos Espíritos Superiores, já começa o homem a viver não só de pão, mas também dos conhecimentos que vai adquirindo e com os quais se vai engrandecendo para a conquista do Ideal.

A luta pela vida já não impede ao homem o estudo da Criação; o brilho do ouro já não lhe ofusca as vistas com a mesma intensidade, e a Natureza, com toda a sua magnificência atrai-lhe a alma para o Bem e para o Belo, que se desdobram por todo o infinito.

A vida, em luta de séculos contra a morte, começa a ver o seu triunfo, e, daqui a pouco tempo, a morte, na memorável frase do Doutor dos Gentios, será tragada na vitória, marcando uma nova era de luz e de verdade para toda a Humanidade.

A Filosofia dos Espíritos, que tem por ponto de apoio a alma, com os fatos irrefragáveis por ela provocados e constatados em todos os pontos do globo, não podia descurar a solução do problema anímico, ansiosamente esperada pelos homens livres de preconceito, e tão malfadada pelo espírito de seita, esse terrível inimigo das grandes idéias que nos vem libertar da ignorância.

Na verdade, o assunto é tão relevante, digno de tanta consideração, que logo no primeiro livro, O Livro dos Espíritos, as inteligências do Alto resolveram abordá-lo com pena de mestre, deixando claro, patente, que: "os animais não são simples máquinas; que, se o instinto domina a maior parte deles, outros operam por vontade determinada, com inteligência; que eles têm uma linguagem para se advertirem e exprimirem as sensações que experimentam; que, embora limitada, eles têm liberdade de ação; que a alma dos animais sobrevive à morte do corpo; que ela segue uma lei progressiva, como a alma humana; que o principio inteligente de que são dotados, tiram-no, como o homem, do elemento inteligente universal; finalmente, que esses animais passarão um dia, do reino animal, para o reino hominal, porque a alma do homem, no seu início, na sua infância, teve por origem uma série de existências que precedem o período que chamamos Humanidade".

No cap. XI, 592 a 610, o leitor encontrará explicado o problema que, sem solução, atravessou tantas gerações!

É que da sua solução dependia o estudo claro e sucinto do Porquê da Vida, também atirado aos báratros do mistério, pelos cegos condutores de cegos de que falava Jesus no seu ensino parabólico.

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:01
Sábado , 24 de Julho DE 2010

LEI DE CAUSA E EFEITO

Já enunciava Galileu: “A toda ação corresponde uma reação igual e contrária”, principio este que foi incluído por Newton no seu Tratado de Mecânica Física como sendo a terceira lei.

Há ainda um axioma que nos diz: “Não há causa sem efeito, não há efeito sem causa” o que significa que nada existe em vão no Universo. Ora, posto isso, a causa é uma ação e o efeito a reação do ato.

Evidentemente, sendo uma lei universal, ela tem que abranger todos os fenômenos que aconteçam dentro do espaço cósmico que nos contém.

Desde 1088, a equipe de Palomar, instalada com o segundo observatório astronômico Keck II a 4150m de altitude, na cratera do extinto vulcão Mauna Kea, no Havaí, vinha observando a ação de forças estranhas que atuavam sobre a poeira cósmica em torno da estrela Alfa Centauro, forças essas que, sem dúvida, seriam as responsáveis pela formação planetária em si.

A partir desses estudos, Sten Odelwal comenta em sua obra “ A Teoria do Nada” que o Universo é constituído de 23% de energia cósmica – a mesma que Newton chamou de fluido cósmico universal (FCU) – e 73% de nada, comparando o espaço sideral a um tanque cheio de espuma, onde, na verdade, a massa que o enche é mínima; a maioria é de bolhas, dando ainda o conceito do “peso sem massa”, ou seja a força oriunda deste domínio e que seria responsável pela estruturação do Universo.

Amit Goswami, físico indiano da Escola de Bose, conclui que este domínio seria o correspondente à Espiritualidade e esta, portanto, passaria a ser a causa da existência do nosso Universo, pulsante e anisotrópico.

Seu estudo corrobora as pesquisas de Murray Gell Mann à frente do fermilab (acelerador de partículas) da “Stanford University” quando, fazendo um pósitron (anti-elétron) chocar-se com um elétron, concluiu que os mesmos teriam “vontade própria”, ou seja, que estas partículas só podiam ser comandadas por um agente estruturador (mais tarde conhecido como frameworker) estranho ao domínio energético. Isto pode justificar a formação das mesmas a partir da ação deste agente externo sobre a energia cósmica fundamental que, por si só, não pode se alterar.

Neste caso, os aludidos agentes seriam os respectivos princípios espirituais das aludidas partículas, evidentemente, com as características correspondentes às mesmas.

Desta forma, a causa da existência dos corpos siderais estaria explicada, faltando, apenas esclarecer qual seria a da existência do próprio Universo, incluindo os ditos agentes que, segundo as religiões, seu grande culpado seria Deus, sem maiores explicações, transformando tal assertiva em dogma, ou seja, algo que não se explica, mas se aceita como princípio, por pura crença.

Deus, como causa de tudo, seria o que a Ciência considera como sendo o “Agente Supremo” cujas características são ignoradas por falta total de informações a seu respeito. Assim, evidentemente, como não há efeito sem causa, tal “agente desconhecido ” é algo compatível com o Universo e jamais poderia ser representado pelos deuses religiosos, em si, antropomórficos e exclusivamente compatíveis com a formação humana.

Todavia, cabe lembrar que a figura de Deus foi idealizada pelos povos primitivos que tinham a Terra como centro de tudo e que os demais astros é que giravam em nosso entorno, motivo pelo qual até a

Bíblia comete o terrível erro de julgá-lo como sendo um Ser semelhante a nós, com sentimentos, erros e virtudes humanas.

Por esse motivo, a Ciência não aceita a tese religiosa embora admita a existência de algo que esteja acima de tudo e que tenha uma sabedoria cuja mente humana seja incapaz de imaginar.

Quando ao Deus religioso – cada Religião tem o seu individual –, ele é fruto, segundo a Psicologia, da necessidade que a criatura tem em se apoiar num Ente capaz de protegê-lo contra o desconhecido, que é a própria vida.

Kardec, em Gênese, nos diz que, quando apelamos para Deus é um Espírito amigo que vem em nosso socorro. Evidentemente, do mesmo mo do que um diretor geral de uma empresa envia um seu auxiliar para resolver os problemas de seus operários, também, a Causa Suprema da existência do Universo não teria condição de se restringir aos problemas humanos em seu grande atraso existencial.

Enfim, o Universo existe por algum motivo que a mentalidade humana não pode compreender e, para tal, existe um motivo para tal que também é inteiramente ignorado já que nem se sabe a extensão do Universo, quanto mais como e porque teria surgido.

Num estudo teonômico, portanto, o assunto não poderia ser ignorado, já que a idéia principal gira em torno do aspecto divino da criação que se opõe ao racionalismo ideológico da lógica para a qual é fundamental que toda causa seja compatível com seu efeito. E vice-versa.

O que se pode concluir, portanto que esta causa não corresponde aos deuses das respectivas religiões porque a verdade é única e cada crença tem seu Deus exclusivo que só protege os seguidores das mesmas.

E finalmente, a esperança de que, algum dia se possa entendê-Lo é tão remota quanto o conhecimento da origem e do começo de existência do nosso Universo, bem como o porquê dessa existência.

 

Livro: ...E Deus, Existe?

Carlos de Brito Imbassahy

 

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 19:46
Terça-feira , 06 de Julho DE 2010

O ESPIRITISMO DEMONSTRA A VERDADE DE ALGUMAS HERESIAS

WASHINGTON LUIZ N. FERNANDES

 

 

Muito interessante lembrarmos algumas opiniões, classificadas na historiografia humana como heresias religiosas (lat. haeresis e gr. hairesis – escolha, propensão), desde os primeiros séculos do Cristianismo.

Por heresias religiosas devemos entender as idéias que estiveram contrárias à fé estabelecida como oficial, tidas como falseadoras de Revelações Divinas. E os defensores destas afirmações, por contrariarem os dogmas estabelecidos pelas religiões dominantes, foram por isso considerados demoníacos, e muitos pagaram com a própria vida o crime de dizerem suas opiniões.

Ocuparnos-emos só dessas heresias doutrinário-religiosas, não nos detendo nas que tratavam das Leis Naturais como, por exemplo, as do físico e astrônomo italiano Galileu Galilei (1564-1642), que afirmava que a Terra é que girava e não o Sol, e por dizer esta verdade científica quase morreu queimado.

Constrange-nos um pouco escrever sobre isso, apresentando lamentáveis registros históricos, mas o fazemos por dever de fidelidade à verdade dos fatos, pois acreditamos que este estudo oferece valioso material de pesquisa e reflexões.

É possível que esse tipo de atentado à liberdade de pensamento ainda ocorra em nossos dias, mais no plano moral do que material, sob a justificativa da defesa da verdade, mas por certo traduz da mesma forma a intolerância e o personalismo.

Será de cansar ver tantos “ismos” (sufixo que indica doutrina filosófica ou religiosa) juntos, mas necessário apelar para a paciência dos leitores.

Houve heresias que realmente estavam equivocadas, podendo-se citar o Adocionismo (séc. II), que professava que Jesus não era Filho de Deus desde a eternidade, mas só a partir do batismo; o Marcionismo, doutrina dualista do gnóstico Marcião (85-160) que distinguia entre Deus-Pai e um criador ou demiurgo, sendo Jesus-Cristo o enviado do primeiro para livrar a Humanidade do segundo rejeitando o Antigo e o Novo Testamentos, com exceção do Evangelho de Lucas e de algumas epístolas de Paulo. Seus seguidores tornaram-se maniqueus, da doutrina Maniqueísta, fundada por Manes (216-274), baseada na existência de dois princípios opostos, o Bem e o Mal. Vale lembrar que Santo Agostinho (354-430), quando jovem, foi maniqueu por nove anos; o Catarismo, seita dos Cátaros, iniciada no séc. XI, que da mesma forma acreditava no dualismo do Bem e do Mal; o Montanismo, doutrina religiosa do séc. II, também conhecida como heresia frígia, fundada por Montano (séc. II), que se dizia combatidas. Elas se opunham a orientações dogmáticas criadas pelos próprios homens e, em verdade, estes dogmas é que mereciam a condição de falsear o que é certo.

Rechaçadas com impiedade e intolerância, pelos que detinham o poder, e se arrogavam a condição de donos da verdade, foram aplicadas a seus defensores penalidades civis, excomunhão, cruéis penas e até a morte. A Inquisição foi criada, no séc. XII, objetivando combater as heresias, especialmente o Catarismo.

Aquele que tivesse ciência de algum comportamento mencionado em edital inquisitorial, e não o viesse revelar, seria perseguido como fautor de hereges, isto é, pelo crime de acobertar culpas de hereges. Depois de preso, o réu era submetido a longos interrogatórios, não lhe sendo comunicado o motivo de sua prisão, nem o crime de que era acusado, ou qual o seu denunciante.

Em enciclopédias brasileiras e internacionais, encontramos as questões heréticas tratadas ao sabor das crenças dos colaboradores destas obras, por vezes claramente partidários das religiões dogmáticas dominantes, e por isso concordando em alguns casos com estas idéias.

Logo no início do Cristianismo, admiramos o conteúdo de algumas dessas chamadas heresias, que retrataram em verdade grande lucidez de seus defensores.

Heresias que eram verdadeiras

Somente a título de ilustração, vamos comentar algumas dessas opiniões, comparando com os esclarecimentos trazidos pelo Espiritismo:

– Monarquianismo (ou Modalismo ou Sabelianismo): Foi a negação da trindade das pessoas divinas, considerados o Filho e o Espírito Santo como modos do Pai. O Monarquianismo, rejeitando a separação dessa chamada divina substância, foi criado por Noets (140-200), e teve em Sabélio (séc. II), da Líbia, um dos principais divulgadores, tendo sido este excomungado em Roma, pelo Papa S. Calisto I.

– Arianismo: Negava a divindade de Jesus. Considerada uma das primeiras grandes heresias cristãs, tendo em Ário (c. 250-336 d.C.) seu iniciador. Segundo ele, Jesus não seria co-eterno e da mesma substância do Pai, mas foi criado por Ele. Ele tem um começo, mas Deus não. Esta doutrina foi rejeitada pelo Concílio de Nicéia (325), e condenada pelo Concílio de Constantinopla (381). Propagou-se principalmente entre os povos germânicos (ostrogodos, visigodos, burgúndios). Segundo Ário, nos primeiros textos dos quatro Evangelistas, o Filho aparece subordinado ao Pai, o que destrói a igualdade da Santíssima Trindade. Portanto, Jesus não seria de modo algum Deus.

– Socinianos: Uma forma de arianismo, do séc. XVI. Este nome deveu-se a Lello Socin (1509-1562), tido como heresiarca, que negava a divindade de Jesus, a existência do Espírito Santo e a utilidade dos Sacramentos.

– Nestorianismo: No tocante a uma de suas afirmações, sobre Maria de Nazareth, o Nestorianismo, fundado por Nestório (380-451), patriarca de Constantinopla, afirmava ser ela somente a mãe de Jesus e não mãe de Deus. O Nestorianismo foi condenado pelo Concílio de Éfeso, em 431.

– Espiritismo: Admite a existência de um Deus único, inteligência suprema do Universo, Causa Primária de todas as coisas. Jesus, como Ele mesmo o disse, mais de quarenta vezes em o Evangelho, era o Filho de Deus, como todos nós o somos, porém, Ele era mais evoluído, e veio nos ensinar o Evangelho. Maria, e também José, foram os pais de Jesus e, diretamente inspirado pelo Espírito Santo, e pregava uma próxima vinda corporal de Jesus; o Docetismo (de Valentin, séc. II) e o Apolinarismo (de Apolinário, séc. IV), segundo os quais Jesus teve um corpo aparente, negando a realidade de sua crucificação e sua alma humana; o Priscilianismo, doutrina do cristão espanhol Prisciliano (335-385), que apesar de ser antitrinitário (contra a Santíssima Trindade), defendeu o Gnosticismo e o Maniqueísmo, sendo um dos primeiros a ser executado por defender suas idéias.

Mas há outras idéias, que veremos a seguir, as quais estavam totalmente certas, conforme demonstrado pelo Espiritismo, e da mesma forma foram por isso, ela não é mãe de Deus, que é o Criador de todas as coisas, mas a genitora de Jesus. Além do que, se Maria fosse mãe de Deus, Ele não seria mais o Criador de tudo, tendo sido Ele por ela criado.

O Espírito Santo pode ser entendido como uma plêiade de Espíritos Superiores, que colaboram para o progresso do mundo.

A Santíssima Trindade, que identifica Pai, Filho e Espírito Santo numa só unidade, definindo um no outro, nada mais é do que um dogma de origem totalmente material, criado pelos homens e não por Jesus, que não trouxe nenhuma orientação dogmática para o comportamento.

– Waldenses: Foi um movimento iniciado pelo religioso francês Peter Waldo (ou Valdo), no séc. XII, que defendia a pobreza e a simplicidade, em oposição à idéia de religião associada ao luxo que existia em seu tempo, isto um pouco antes da odisséia franciscana em Assis. Waldo pronunciou sua Profissão de Fé, e foi perseguido e condenado pela cúpula religiosa. Waldo combateu também a adoração ao crucifixo, a idéia de as igrejas considerarem-se sagradas, os sacramentos e o purgatório. Vale lembrar que os sacramentos são atos rituais que visam a santificar as pessoas envolvidas, e seus defensores afirmam que eles foram instituídos por Jesus, o que não é verdade, pois Ele não trouxe nenhum ritual.

– Pelagianismo: Seita tida como herética, iniciada pelo monge e teólogo britânico Pelágio (360-425), negou a necessidade da graça, realçando as forças do livre-arbítrio; é por este modo que cada um vai para o céu, a depender de seus esforços. Negou totalmente que a salvação fosse uma graça. O Pelagianismo foi condenado pelo Concílio de Éfeso (431).

– Albigenses: Seita iniciada em França, no séc. XII, com uma rude oposição ao clero, contra o pagamento dos dízimos, condenava os religiosos que estivessem voltados mais às coisas materiais, pregava contra os sacramentos, combatiam o batismo das crianças, julgavam desnecessários os altares e imagens de santos, com destaque para Pedro de Bruys. O Concílio de Albi (1176) condenou esta seita.

– Donatismo: Crença de Donato (270-355), bispo da Numídia, que não atribuía nenhum valor aos sacramentos, tendo em vista a indignidade dos sacerdotes e bispos.

...

O Espiritismo demonstra a total verdade destes pensamentos. Inicialmente, relembra a mensagem do Cristo, no seu mais puro entendimento. No Prefácio de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, assinado por O Espírito de Verdade, no segundo parágrafo consta: Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido...

Todas as coisas, que deviam ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, devemos entender, sem dúvida, que são o Evangelho na sua mais simples moral, deixando de lado os aspectos cerimonial e ritualístico, que foram introduzidos pelos homens e não criados por Jesus. A missão de Jesus foi trazer e vivenciar as lições de amor, humildade, fraternidade, perdão e retribuir o mal com o Bem, e nunca trazer religião associada a sinais exteriores. Ele veio ensinar moral, não ritual. Imaginar que nos tornaríamos cristãos, através de uma cerimônia chamada Batismo, é desconhecer por completo o Evangelho.

A Doutrina Espírita explica que isto absolutamente não procede, ensinando que nos tornaremos cristãos somente se praticarmos a moral ensinada e repetida por Jesus, e não participando de qualquer cerimônia. Ele mesmo o diz (João, 14:15): Se me amais, guardai meus mandamentos...

Por isso também Ele, em outra ocasião, enfatizando o nosso livre-arbítrio, fala que, buscando, acharemos e, batendo, se nos será aberto (Mateus, 7:7 e seguintes), significando assim que temos um compromisso na ação e no trabalho, pois a fé sem obras é morta. (Tiago, 2:20.)

Como é comum acontecer, passados os anos e séculos, muitas dessas doutrinas tidas como heréticas incorporaram outros pontos doutrinários, que acabaram alterando as idéias iniciais, mas fica registrado o início destas lúcidas opiniões.

O Espiritismo, portanto, ratifica estas idéias primeiras, consideradas heréticas, e demonstra que elas traduziram a mais pura e simples verdade e, por isso, homenageamos estes grandes homens que souberam identificar nos primórdios do Cristianismo estes grandes erros religiosos, e quando nos referirmos a eles, que não sejam mais chamados de hereges ou heresiarcas, mas sim lúcidos pensadores...

Algumas das penas para os que defenderam suas opiniões, sendo considerados hereges:

– Em 285, foram mortos vários Priscillianos, por motivos de heresia, por

ordem dos bispos;

– em 782, a rogo do Papa Estevam III, Carlos Magno descabeçou, num dia, cinco mil saxões em Verden, por recusarem o batismo. Pouco depois mandou queimar muitas pessoas que preferiam o canto ambrosiano ao gregoriano;

– em 1007, foram queimados vivos, em Orleans, muitos heréticos;

– em 1134, Peter de Brucys foi queimado vivo no Languedoc por ter negado o batismo das crianças e a transubstanciação;

– em 1155, Arnaldo de Brescia foi enforcado por ter professado a doutrina de que o clero não deve viver senão de dons voluntários;

– em 1160, os Valdenses, reformadores, muitos foram queimados vivos; cerca de três mil morreram em França, entre eles crianças de pouca idade;

– em 1209, os Albigenses, outros reformadores, que aderiram a uma forma de cristianismo menos corrupto, foram trucidados por heresia em Beziera;

– os judeus, nos reinados de Ricardo I, João e Henrique III, foram trucidados, torturados e, em 1290, foram expulsos da Inglaterra, tendo seus bens confiscados;

– em 1222, um sínodo fez queimar um herético em Oxford;

– em 1300, Sagarelli, fundador de uma seita análoga à dos modernos Shakers, foi queimado em Parma;

–         em 1302, incineraram a monarquia de Dante. Ele mesmo, condenado à fogueira, fugiu e foi excomungado depois de sua morte.

–         (Somente alguns dos inúmeros fatos citados na obra de Susana Gay, da vida de Fletcher, e retirados do jornal O Mundo Oculto, Campinas (SP), nov./1907, p. 4.) l

 

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 04:58
Segunda-feira , 05 de Julho DE 2010

A IGREJA NÃO CONDENOU A REENCARNAÇÃO

Os teólogos do Cristianismo Primitivo eram em Teologia o que eram em Astronomia os astrônomos daquela época. E esse é um problema grave para os teólogos da pós modernidade, seus herdeiros.Um concílio ecumênico abrange todos os bispos da Igreja.

 

Já um sínodo reúne apenas um certo número de bispos, como o Sínodo de Constantinopla (543) convocado pelo imperador Justiniano. Conta-se que a sua esposa Teodora, o teria influenciado na sua posição contrária à reencarnação. Seja essa história verdadeira ou não, ela não muda os fatos históricos sobre a reencarnação no Cristianismo.

 

Justiniano considerava-se maior teólogo do que Vírgílio, o bispo de Roma de sua época, que não era ainda um papa, pois só mais tarde é que os bispos da Capital Roma tornaram-se papas.

 

O imperador Justiniano foi também quem convocou o Concílio Ecumênico de Constantinopla (553), para tratar de supostas doutrinas heréticas nestorianas de Teodoro Mopsueste, mas que foram aprovadas pelo “papa” Virgílio (Jean Prieur, “O Mistério do Eterno Retorno,”pág. 128, Ed.Best Seller, 1996). No Sínodo (543), 10 anos, portanto, antes do Concílio Ecumênico de Constantinopla (553), foi condenada a doutrina de Orígenes da preexistência da alma (existência da alma ou espírito antes da concepção do corpo), o que implicava a condenação da reencarnação, pois esta não existe sem a preexistência da alma.

 

Mas essa condenação de 3 a 2 pelo Sínodo de 543 só teve um valor regional, e não universal para toda a Igreja, como acontece num concílio ecumênico. Porém, Justiniano fez juntar aos cânones do 5º Concílio Ecumênico de Constantinopla (553) documentos do Sínodo de 543. Destarte, entendeu-se, erroneamente, que a preexistência e a reencarnação foram condenadas pela Igreja, em conseqüência do que cerca de um milhão de cristãos reencarnacionistas foram mortos no Oriente Médio (Paul Brunton, “Idéias em Perspectivas”, pág. 118, Ed. Pensamento, e nosso livro “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”).

 

E, assim, se houve a propalada condenação da reencarnação pela Igreja, é porque ela existia no Cristianismo Primitivo. Mas, como vimos, o que houve foi uma fraude de Justiniano.

 

Portanto, os católicos estão livres para continuarem crendo ou não na reencarnação!

 

José Reis Chaves

www.apologiaespirita.org

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:30
Domingo , 04 de Julho DE 2010

O ESPIRITISMO E O PROGRESSO DA HUMANIDADE

 

"Entrevista com Raul Teixeira"

Médium de Niterói, Rio de Janeiro

 

1 - O Espiritismo é uma doutrina milenarista? Há algo de especial na virada do calendário para o próximo milênio?
(Goiânia - GO, fev./1997)

 

Raul - Por suas características, o Espiritismo não se mostra como uma doutrina milenarista. Sua proposta pretende ser perene, relativamente ao estado da alma terrestre.

A virada do calendário representará tão somente a continuação das peripécias das sociedades terrenas. Em cada período teremos sempre a colheita do que se fez no período anterior, ao mesmo tempo que se estará fazendo a sementeira do que se colherá mais á frente.
Nada de espetaculoso. Nada de sobrenatural. Nada que não corresponda aos passos naturais da criatura humana.

 

2 - Noticia-se que está acontecendo com a Terra o que aconteceu com Capela no passado. Para onde estarão indo ou irão os nossos degredados? O que fazer para não sermos um deles?
(Goiânia -GO, fev./1997)


Raul -
O que conseguimos acompanhar, pelo que informam os Nobres Benfeitores, é que o nosso planeta vem atingindo um estágio de mais profundas transformações, tanto em termos geológicos, com as acomodações telúricas necessárias, quanto em termos espirituais, em função da marcha em que nos encontramos sobre sua crosta.
Certamente, em função de termos informações por via mediúnica, desse distanciado planeta vinculado à estrela Capela, que teria, em dado momento de sua evolução, vivido experiências do nível das que estamos vivendo na Terra, tudo nos leva a fazer paralelos, comparações, etc...
Como nos informou Jesus Cristo que "na casa de meu pai há muitas moradas ", conforme se lê no texto do Evangelista João, 14:1-3, temos uma única certeza: o nosso alocamento em qualquer outra "casa sideral" diferente da atual, onde nos ajustemos às realidades com as quais ainda nos identificamos, quando não nos seja possível acompanhar as transformações iminentes da nossa morada terrena.
Importante considerar, na eloqüente nota que Allan Kardec ajunta à questão 789 de O Livro dos Espíritos, a seguinte explanação: “Quando todos os povos estiverem no mesmo nível quanto ao sentimento do bem, a Terra só abrigará bons Espíritos, que viverão em união fraterna. ·Os maus, tendo sido repelidos e deslocados, irão procurar nos mundos inferiores o meio que lhes convêm, até que se tornem dignos de voltar ao nosso meio, transformados”:

" Parece-nos, então, que o que nos cabe fazer, para merecermos permanecer na Terra feliz do futuro, é manter o passo na trilha dos próprios deveres, vivendo com dignidade e propósitos no bem, sem espetáculos de "santice", francamente despropositados, mas com o objetivo honesto de lutar contra as nossas inclinações inferiores.



3 - Este século assistiu a duas guerras mundiais e a mudanças vertiginosas na vida social. O que ainda nos espera? Haverá catástrofes, como muitos predizem?

(Goiânia - GO, fev./1997)


Raul -
Os Espíritos do Senhor, que nos trouxeram a Codificação Espírita, não são alarmistas.

Não anunciam catástrofes que o nosso livre-arbítrio não possa conjurar, uma vez que o ensino do Cristo garante que "a cada um será dado conforme suas obras".

Esclarece-nos O Livro dos Espíritos que a predominância da natureza animal sobre a espiritual, junto à satisfação das paixões, é o que motiva a guerra(2)...

Então, podemos admitir que o que nos leva à guerra é a ação sempre nefasta do egoísmo.

Quanto mais trabalharmos no sentido de transformar esse vício, fazendo desenvolver-se em nós o altruísmo, como oposição natural, mais iremos nos situando em níveis morais de tal ordem que já não estaremos sujeitos a perecer apanhados nas malhas dos fenômenos planetários, que costumam tornar-se flagelos destruidores.

Muitíssimo válida é a reflexão da comunidade espírita em torno do fato de que estamos reencarnados num planeta, em fase tal de estabilização cósmica, com seus movimentos sísmicos, climáticos, etc.., que ficamos sujeitos aos seus variados movimentos naturais, ao mesmo tempo que esses mesmos fenômenos, quando nos alcançam, permitem-nos resgates de diversa monta e acertos com as leis reequilibradoras da vida sideral. Por suas características próprias, a Terra não nos pode oferecer a felicidade perfeita, exatamente pelo fato de que ainda não conquistamos o devido mérito(3). Quanto às chamadas catástrofes, essas sempre existiram e continuarão a existir, podendo, em dada ocasião, levar em sua voragem incontáveis criaturas que estejam na faixa das necessidades expiatórias, via sofrimento.

1 - Mt. 16:27

2 - KARDEC Allan. O livro dos espíritos, perg. 742

3 - Idem, perg. 920



4 - A humanidade passa, atualmente, por uma crise sem precedentes. As instituições humanas parecem estar em fase de desestruturação e a vivência ético-moral vai cedendo lugar a comportamentos levianos e irresponsáveis. Qual a visão espírita desse processo?

(Jornal Oásis, Vitória da Conquista - BA, maio/1996)


Raul -
Os ensinamentos da Doutrina Espírita nos levam à compreensão de que estamos vivendo na Terra situações que caracterizam os estertores derradeiros de uma fase complexa, qual a de provas e expiações.
Fazendo parte do grupo dos espíritos imperfeitos, portadores de incontáveis perturbações, é compreensível que soframos o ricochete desses tempos difíceis, muito embora o desejo de grande número de criaturas de ajustar-se nos projetos felizes de Jesus Cristo no mundo.
O Espiritismo vem permitir que se torne possível esse ajustamento, pela lucidez que empresta ao nosso entendimento, pela clareza que permite à nossa visão.

Essas são as épocas preditas por Jesus em suas expressões relativas ao final dos tempos.

Esses são os tempos da "separação do joio do trigo" ou da "separação dos bodes das ovelhas", querendo dizer que vivemos situações que, de fato, avaliam a nossa disposição de libertar-nos das densas sombras que pairam sobre o planeta.




5 - Qual a principal mensagem espírita?

(Divinópolis - MG, maio/1995)


Raul -
A mais excelente mensagem espírita se configura na proposta de renovação espiritual da pessoa humana.

Para o Espiritismo, o fenômeno mais importante que se pode dar com o indivíduo é o do seu progresso para Deus, o que se opera mediante o desenvolvimento intelectual, a fim de que conheça as leis que regem o nosso universo material, e o desenvolvimento moral, que se caracteriza pelo devido cumprimento das leis morais, ou seja, aquelas que regem a vida da alma.


6 - Como poderemos ter certeza de que a futuro será melhor; do ponto de vista social, do que o presente?

(Goiânia - GO, fev./1997)


Raul -
Quando, em O Livro dos Espíritos, no item 800, o Codificador Allan Kardec perguntou aos Guias da Humanidade: "Não é de temer que o Espiritismo não consiga vencei-a indiferença dos homens e o seu apego ás coisas materiais? ", os Nobres Espíritos foram muito claros ao responder-lhe que somente quem conhecesse bem pouco os seres humanos poderia supor que eles se transformam como por encanto.
Asseveraram esses Guias que as idéias se modificam pouco a pouco, com a modificação dos indivíduos, e que são necessárias algumas gerações, para que os resquícios dos velhos costumes se apaguem.
Não podemos ter dúvidas quanto a essa melhoria das condições gerais da sociedade, partindo das considerações que já fizemos, referentes ao fato de o mundo moral terrestre estar melhorando gradualmente, a fim de alcançar os fins assinalados pela Divindade, que são o nosso efetivo e esférico progresso.

Apoiados no que disseram os Nobres Espíritos a Kardec, admitimos que só os que sofrem de ansiedade imediatista ou os pessimistas por sistema poderão supor que os tempos porvindouros serão piores que os atuais.



7 - O que pensar das profecias de que tanto se comenta, como as de Nostradamus? Como distinguir, nesse campo, as revelações verdadeiras das mistificações?

(Goiânia -GO, fev./1997)


Raul -
Em todos os tempos do mundo, houve aqueles que, dotados de uma particular aptidão psíquica, lograram sintonizar com freqüências onde estavam "inscritas" as epopéias ou episódios diários de variadas sociedades ou mesmo da humanidade.

Essa possibilidade decorre do fato de que, a partir do ponto em que os indivíduos ou grupos humanos operam ações importantes, ou de certa gravidade, nos campos das próprias vidas, acionam a conhecida "roda do carma", passando a inscrever-se nesse ou naquele trilho de ocorrências, o que se dava com esses profetas é que eles "captavam", "liam", "decodificavam" esses registros, que as diversas formas de energia "imprimiam" nessa tela cósmica, dando-lhes interpretações que correspondiam a sua cultura, a sua maturidade intelectual e/ou a suas experiências religiosas, o que tornava sempre muito vulnerável a veracidade de tais comunicações.

Dentro do que propõe o Espiritismo, será sempre indispensável que utilizemos o bom senso, sempre que estejamos diante de questões dessa ordem.

Partindo do entendimento de que os Nobres Espíritos nunca têm o objetivo de amedrontar, de impor pelo pavor, de nos dobrar à força, mas, ao contrário, estão sempre dispostos a sugerir, a orientar, a propor sem nada exigir, teremos material bastante considerável para verificar se tal ou qual "profeta', "médium", ou qualquer outro nome que desejemos dar, está trazendo ou não uma mensagem coerente, uma mensagem de Deus.

Parafraseando a proposta do Evangelista João, quando nos sugeriu não crer em todos os espíritos, mas verificar, antes, se eles são de Deus, dizemos: não creiamos em todos os "profetas", mas certifiquemo-nos, antes, se eles são coerentes com o bem e com a lucidez, e não marcados por lamentável exotismo e desejo neurótico de exibição.

8 - Coma deve o homem agir para não mergulhar nessa onda de pessimismo que assola a nossa sociedade?

(Diário de Votuporanga, Votuporanga -SP. março/1995)


Raul -
Ser atencioso para com os ensinamentos do Mestre Jesus, que é o Modelo e Guia para todos nós, registrando no intimo de si mesmo os fortes elementos do "Sermão da Montanha", analisando com lucidez, com maturidade, as observações do Espírito da Verdade, ao longo de toda a Codificação Espírita, no caso de ser esse homem um homem espírita.
Enquanto não nos dermos conta de que "é preciso que o mal atinja o excesso, a fim de que os homens se interessem pelo bem e pelas reformas", estaremos mergulhando em continuadas ondas de pessimismo, sem divisar soluções á frente. Voltemos ao Amigo Jesus, ao propor-nos: "Tende bom ânimo E tudo nos irá falando, então, de esperança de tempos melhores para todos.


9 - As dificuldades econômicas, o crescimento da violência e a descrença do povo dos sistemas políticos em nível mundial; as seitas fanáticas que pregam a desordem, o orgulho,- o adultério e outras chagas morais tão difundidas corno moda pelas mídias, tudo isso deixa claro que há urna crescente doença moral na Humanidade. Diante disso, como você acredita que se dará a passagem da Terra para o mundo de regeneração?

(A Voz do Espírito, S.J. do Rio Preto -SP, 1996)


Raul -
Essa passagem já está ocorrendo, há muito tempo no mundo, consoante informam generosos Benfeitores do Invisível.
O mundo de regeneração não surgirá de inopino, como se fosse uma explosão. Advirá, pouco a pouco, como se, da intensa escuridão da noite, víssemos o raiar de formoso dia, sem podermos estabelecer os limites de onde termina uma e começa o outro. (Do livro Atualidade do Pensamento Espírita)

Fonte: Colônia Espírita Nosso Lar

 

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:20
Quinta-feira , 01 de Julho DE 2010

NO DIA DO JULGAMENTO

Vivia numa cidade grande o nosso personagem João Honesto. Trabalhava numa indústria de grande porte do setor automobilístico, pegava o seu serviço a seis horas da manhã e largava às quinze horas. Como morava muito longe, saía de casa pontualmente às quatro horas da madrugada, o sol ainda nem tinha se levantado. Apesar de todas as dificuldades não reclamava, ao contrário, sempre agradecia a Deus pelo trabalho, pela casa e pela família.

Sua esposa e seus dois filhos vinham todos os dias esperá-lo no portão da casa. Os filhos ao vê-lo, acabando de dobrar a esquina, iam ao seu encontro numa disparada de braços abertos para um abraço apertado. Nos fins de semana iam ao clube para o merecido descanso e lazer. Também era muito estimado no bairro onde morava. Assim era a vida de João Honesto. Até que um dia...

Pouco depois de sair de casa, foi surpreendido por um assaltante que, de revólver em punho, lhe exigiu todo o dinheiro. João assustado não conseguia nem falar, mas diante da insistência do assaltante teve que vencer esta dificuldade e entregou ao larápio todo o dinheiro que possuía no bolso. Era uma quantia muito pequena, pois somente levava o suficiente para a lotação e um pequeno lanche na fábrica. O ladrão ao ver a quantia que tinha em suas mãos soltou um palavrão (que não posso colocar aqui) e desfechou um tiro certeiro na cabeça de João, que imediatamente caiu ao chão e, poucos segundos depois, deu o seu último suspiro.

Família em desespero, amigos inconformados, todos indignados com tanta violência era o quadro de seu velório. Naquele mesmo dia a polícia conseguiu prender o assaltante. Todos aguardavam ansiosamente o dia em que ele seria levado à justiça.

O tempo não parava de correr, até que um dia chegou o julgamento do assaltante.

Formada a corte, com o Meritíssimo Juiz e os jurados, para iniciar o processo que o povo movia contra ele, pela morte de João Honesto.

O Promotor de Justiça conseguiu provar pelos fatos, que o assaltante era realmente o culpado pela morte de João. O advogado de defesa ficou sem argumentos, pois as provas eram tão evidentes que pouco lhe restou fazer para o seu cliente. Os que iriam julgar ficaram convencidos da culpa, era esperada a sentença de uns trinta anos de reclusão.

Entretanto o desfecho não foi o esperado, pois o Juiz absolveu o réu. Mas como??? É simples. Antes de dar a sentença o Juiz perguntou ao assaltante o que tinha a dizer em sua defesa. Tomando a palavra, disse que estava sinceramente arrependido de ter matado a João Honesto e que nunca mais faria coisa igual. Assim, diante disso, o Juiz o absolveu.

É um absurdo. Ouvi você dizer. Concordo plenamente com você. Mas pense bem, não é o que a maioria espera em relação aos nossos crimes perante a justiça divina, ou seja, que simplesmente seremos perdoados e pronto. Ora, se não concordamos com uma justiça humana desta maneira, por que então haveremos de concordar com uma justiça divina semelhante?

Por outro lado, se nestes casos a justiça humana aplica uma pena de tal forma que o indivíduo tenha chance de se recuperar e voltar a viver em sociedade, como pensar que a justiça divina nos coloca a pagar ETERNAMENTE, sem nenhuma oportunidade de recuperação?

Temos dito que se Deus nos impuser uma pena eterna, quando do nosso julgamento apelaremos para a justiça dos homens, pois, dentro desta ótica, são mais “humanos” do que Deus. Você não faria o mesmo?

A nossa vida de espírito é apenas uma, mas a nossa passagem pelo corpo físico ocorre várias vezes, assim é que a justiça divina se faz. O que não podemos pagar numa vida no corpo físico pagaremos em outra, até que finalmente tenhamos pago o “último ceitil”.

Pense nisso!

 

Paulo da Silva Neto Sobrinho

www.apologiaespirita.org

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:01

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