Quinta-feira , 30 de Setembro DE 2010

DO CULTO A DEUS

Ritualismo religioso

Da Encyclopædia: ritualismo – nome dado à doutrina de Edward Bouverie Pusey (puseísmo) que surgiu por volta de 1850 em Oxford, movimento que se acentuou tendendo a restabelecer na prática da Igreja anglicana a observação dos principais ritos em uso na Igreja romana. Rito é sinônimo de culto, seita, ligado às religiões; é também normas de ritual.

Ritual (do latim: ritualis) é o livro que contém as cerimônias que se devam observar na administração dos sacramentos e durante a celebração do serviço divino. O termo se generalizou, por extensão, para definir o cerimonial a ser realizado em uma reunião social, distinguindo-as, de acordo com seus fins.

Cícero ainda nos fala do culto e das cerimônias consagradas aos deuses como religião.

 

Análise teonômica

Neste capítulo, sem dúvida, reside a diferença crucial entre as demais seitas e religiões que adotem um princípio teológico e a parte religiosa espírita, motivo pelo qual, muitos teóricos insistem em não aceitar a parte religiosa da codificação. Os principais tópicos serão analisados a seguir.

O Espiritismo:

– Não tem cultos religiosos.

– Não adora imagens nem consagra personalidades.

– Não admite qualquer tipo de infalibilidade, inclusive a mediúnica.

– Não pratica qualquer tipo de rituais.

– Não possui dogmas de fé nem admite mistérios.

– Não cultiva casta sacerdotal que exerçam a pregação doutrinária remunerada como meio de vida, nem possui missionários ou orientadores doutrinários específicos em sua pregação.

– Não adota o proselitismo nem a catequese.

– Respeita qualquer posição religiosa e não interfere em seus cultos.

– Não admite que as Entidades espirituais manifestas mediunicamente sejam aquinhoadas com qualquer forma de bens e ou utilidades materiais, muito menos bebidas, alimentos e imolações consagradas a elas.

– Não compactua com a fraude fenomênica.

– Não admite interesses pecuniários no exercício de qualquer atividade doutrinária, recomendando que seus adeptos, todos, tenham seus próprios meios de vida exercendo uma atividade profissional.

– Não possui templos religiosos.

– Coloca o estudo e a razão como condições doutrinárias precípuas.

– Não idolatra Deus nem venera Espíritos ou Entidades mentoras, ama-as, respeita-as e as admira sem cultuá-las como infalíveis ou santificadas. Nem admite infalibilidades.

Só os que não conhecem as obras de Allan Kardec é que são capazes de afirmar o contrário, pois o codificador da doutrina espírita não aceita qualquer envolvimento ritualístico, apesar de saber que o rito é íntimo nas criaturas, mas considera que seja um entrave ao seu progresso.

Muitos hão de se chocar com algumas ou até todas as negações; são os que ainda não se libertaram dos vínculos eclesiásticos e não se livraram do ranço de sua doutrinação. Não são capazes de resistir às verdades espíritas perante a coação religiosa imposta à nossa sociedade predominantemente católica durante tantos séculos.

 

Considerações

Façamos uma análise de cada caso.

O culto a Deus está dentro de cada um e depende da forma pela qual Ele seja compreendido, já que, em verdade, os conhecimentos humanos estão infinitamente aquém da possibilidade de se imaginar como seja o Criador.

Nunca nos esqueçamos de que culto, aqui, refere-se à liturgia ou ofício divino, o ato e não o sentimento. O Espiritismo não possui missas de nenhuma natureza, logo, não possui culto. E ainda é bom se ter em mente que os próprios alfarrábios garantem que o culto a Deus é a ordem de cerimônias e preces determinadas pelas autoridades eclesiásticas competentes. Este será o caso do culto no lar (ou fora dele): cumprir determinações eclesiásticas. Convenhamos, um igrejismo inconfesso. Ressalve-se, pois, que muitos (no meio espírita) chamam erroneamente de culto no lar o que deveria ser “reunião no lar”.

E ainda cabe lembrar que Deus, por não ser humano, jamais está preocupado como que o homem possa pensar Dele; o importante é que suas sábias leis sejam cumpridas.

Como observação final, não se deve confundir o ato de cultuar memórias, lembranças amigas e recordações, etc., no sentido figurado do termo, com o aludido culto religioso.

 

A liturgia – o termo advém do grego ( leitos – público; ergon – obra) e define como todos os dicionários indicam o serviço público de Deus, sua adoração e os ritos em seu louvor. Vai mais além quando afirma que os ritos públicos e serviços das Igrejas cristãs, principalmente os encontrados em missas ou cerimônias, englobam a eucaristia.

As liturgias diferem nas formas externas ou na invocação a Deus. No seu estudo, diferenciam-se os estilos distinguindo-se as que são praticadas pelos povos do oriente, quase todas muito parecidas com as que as Igrejas que adotaram a formação grega usam m. De permeio, encontra-se, ainda, a ritualística do Oriente Médio, que não sofre influências de nenhuma das duas clássicas liturgias.

Considerando que a Doutrina dos Espíritos não adota clérigos, que respeita o formalismo de cada um, que admite que a forma de compreender e sentir Deus é individualista, por certo não acolherá posições correlatas com o que se possa ter como cultos adotados de qualquer natureza e, portanto, liturgias.

Adoração de imagens – quanto à ideia de figuras tidas como sagradas, como totens e personalidades religiosas sacerdotais de qualquer natureza, não são admitidos numa doutrina em que o individualismo seja resguardado.

Não se justificam tais adorações pelo próprio posicionamento encarnacionista já que se sabe que nenhuma e qualquer imagem substitui a personalidade de quem represente, nem ali estarão suas radiações, já que se trata, apenas, de mero objeto figurativo.

Além disso, a adoração é injustificável.

Relativamente a sacerdotes, como o conceito é de que os mesmos sejam os representantes de Deus na Terra e como não possuam a respectiva credencial, sequer a capacidade de conhecer o Criador, não se justifica que se tenha neles a figura representativa de quem pudesse possuir tais privilégios, regalias ou poderes.

Entenda-se, porém, que isto não significa que tenhamos retratos de pessoas queridas em nossos salões, já que, apenas, o mesmo representa simples e singela lembrança do fotografado.

 

A infalibilidade – é outro ponto importante: só os fanáticos a admitem e esse tipo de paixão é cega e obsessiva, não tem acolhimento entre os que estudam e conhecem os ensinos espiríticos. O pior, é que se estende a qualquer coisa ou pessoa, incluindo médiuns e mensagens, patuás e superstições. Tudo, porém, deveria passar pelo crivo da análise; o simples fato de se ter recebido determinada comunicação de um desencarnado, no caso mediúnico mais afeito a nós, não significa que a mesma represente a verdade plena, primeiro, porque os Espíritos fora de um corpo continuam sendo os mesmos, com as mesmas características e idêntico saber ou conhecimento. Depois, porque não se pode garantir que o fenômeno tenha sido puro, sem influências mistificatórias indistintas. O que prevalece ainda é a razão.

Independentemente de fraudes, essas mensagens mediúnicas estão, ainda, sujeitas a inúmeras interferências e nem sempre acabam representado rigorosamente o que a Entidade manifestante pretendia transmitir. Tudo isso mostra que não existem infalibilidades. Só a Criação é perfeita.

 

Os rituais são mero formalismo; foram criados para impressionar o leigo e dar aos assistentes à ideia do transcendental. Provêm dos velhos cultos e do ritual primitivo.

As cerimônias religiosas como o batismo, casamento sacro, unção, missa, todos revestidos de ritualística, são perfeitamente dispensáveis e substituíveis por solenidades simples que visem à realização comemorativa dos eventos em causa sem a característica aparatosa, contemplativa e idólatra do culto sacerdotal.

Além disso, ninguém está credenciado para celebrar tais solenidades em nome de Deus, como seu representante. O que o Espiritismo combate é a crendice religiosa, o que nada tem que ver com as festividades simples, comemorativas desses eventos.

 

Dogma – outro ponto inaceitável, que é o estabelecimento pela fé e pela crença de princípios improváveis, o que será a negativa da razão. O dogma é sempre imposto e indiscutível, mostrando que não espelha a verdade porque esta, onde estiver, resistirá incólume a qualquer análise, sem temor de que possa ser desmascarada.

O mistério, principalmente divino, se mistério, ou seja, de causa desconhecida, tornando-se um enigma, pela própria definição, não pode ter aceitação porquanto ninguém será capaz de explicá-lo.

Nesse ponto, o Espiritismo segue a linha da Ciência: os pontos desconhecidos não são passíveis senão de estudos para averiguação e só podem se constituir em fato aceito quando forem devidamente esclarecidos ou provados.

 

A casta sacerdotal – é uma hierarquia terrena, estabelecida segundo os critérios de poder e escolha que nem sempre coincidem com o grau de adiantamento espiritual de seus componentes e só a evolução é que poderia definir as categorias, as patentes ou qualquer outra classificação de dependência, comando e subordinação no campo moral.

O simples fato de não se admitir o sacerdote, ou seja, o que se diga representante de Deus na Terra (ou detentor de seus poderes), por si, já eliminaria o critério de casta.

No lugar do sacerdote o Espiritismo adota o expositor, aquele que, com seus estudos e conhecimentos, esteja apto a transmitir para os demais companheiros de doutrina os ensinamentos que tenha adquirido.

 

Proselitismo – quanto a isto, cada qual deve seguir a linha de conduta que melhor lhe aprouver, levando em conta suas tendências, o que é válido para tudo, inclusive na linha doutrinária. Não adianta tornar-se adepto do Espiritismo, como uma grande parte faz, e continuar seguindo as linhas de sua antiga posição religiosa, ainda, querendo que os demais corroborem com isto. Não é o Espiritismo que deve se adaptar a seu seguidor.

Por esse motivo é que, no Espiritismo, há uma enorme diversidade de posicionamentos anômalos, alguns, até, condenados por Kardec. A tendência de cada um não pode ser contrariada. Esse é o mesmo motivo pelo qual não se recomenda a catequese, pois, cada qual só deve se tornar espírita depois de se inteirar dos seus critérios, aceitá-los pelo raciocínio e adotá-los conscientemente. Ainda aqui a razão.

 

O respeito – o Espiritismo não visa à competição nem pretende ser a única verdade a ser admitida, muito menos o único dos caminhos que levem a Deus e sua compreensão. Assim, é que respeita qualquer culto e os julga essenciais para atender aos afins. Cada qual é livre para praticá-los. O que não se aceita é tê-los como espíritas.

 

As oferendas – por outro lado, há inúmeras seitas que praticam o mediunismo e que, nessa prática, adotam ritualismo, oferendas e que mais. Elas não podem ser confundidas com a linha pregada por Kardec, mesmo que se arvorem em denominar-se como tal. Mediunismo não é Espiritismo, é apenas o lado fenomênico por ele estudado.

As Entidades espirituais que exigem oferendas, inclusive alimentos e bebidas, só o fazem para adquirir lastro a fim de que possam gravitar dentro da esfera terrena; são atrasados espiritualmente e necessitam desse recurso para que possam materializar seus instintos, só que essa prática lhes é prejudicial, motivo pelo qual não se deve atendê-las; quem o fizer, estará acarretando para si os mesmos problemas que irá causar a esses Espíritos.

Os desencarnados não necessitam disso nem deveriam usar as energias materiais para nada. Usam-na, todavia, para a prática de atos contrários à ética espírita.

 

Fraudes – muitos são os que, não só pelo resguardo doutrinário, como numa falsa ideia de caridade, acobertam os fraudadores. Kardec, em O Livro dos Médiuns (LM), foi categórico na condenação a tais pessoas que se dizem médiuns, mas que, por vaidade ou por vantagens pessoais, usam o processo da fraude para mistificar, enganando seus seguidores.

A falta de caridade está em permitir que tais falsos médiuns continuem praticando quais atitudes, dentro do erro que lhes irá trazer um lastro assaz pesado para encarnações vindouras. Basta lembrar que todos os enganados pelo mistificador terão que ser espiritualmente ressarcidos e isto representa sofrimento para aquele que fraudou, ou seja, o preço do resgate.

Sem dizer que a doutrina perde muito mais no acobertamento de tais fatos que, quando desmascara o enganador. E todo aquele que, sabendo da fraude, se deixar envolver por ela, por comodismo, por compactuação ou meramente por descaso, também responderá por cumplicidade perante o tribunal da sua consciência e será condenado por seu turno. É a lei.

 

Interesses pecuniários – o espírita não pode fazer da doutrina um meio de vida, afinal, ela representa o ensinamento dos Espíritos (que nada cobram por isso) e que não legaram a ninguém seu sacerdócio nem deram aos encarnados o direito de usarem seus recursos como forma de sustento. Cada qual, como encarnado, terá que possuir sua profissão, sujeitar-se ao trabalho terreno como os demais, lutar pela sobrevivência e não fazer, sob quaisquer aspectos, de seus conhecimentos e seus predicados, principalmente se mediúnicos, uma forma de facilitar sua vida pecuniária.

O esforço e a luta pela manutenção são parte do processo encarnatório. Contudo, não significa dizer que o espírita seja obrigado a gastar seus recursos, quando forem parcos, em detrimento do seu sustento, na pregação doutrinária. Auferir lucros é uma coisa; aceitar ajuda, sem que esta se trans forme em vantagem pessoal, para que possa levar sua mensagem a quem a solicite, é outra. Nem sempre um expositor tem condições financeiras de se deslocar para onde seja solicitado, o que permitirá que aceite o meio de transporte oferecido pelos companheiros.

Cobrar é que representa uma grave falha de caráter.

 

Templos – Os templos religiosos, embora, em sua imponência, sejam um veículo ideal para a pregação doutrinária, não fazem parte do Espiritismo. Qualquer lugar é local para uma reunião doutrinária, salvaguardados os casos de trabalhos mediúnicos.

No lugar de Igrejas e recintos arquitetônicos específicos, adota-se a Casa Espírita ou o Centro de reuniões, à semelhança de sociedades culturais que, evidentemente, têm que ser mantidas por seus participantes, sob forma agremiativa, comportando sócios mantenedores e uma diretoria por eles escolhida para administrá-las. Condena-se a perpetuidade do cargo, o que evita que novas ideias possam ser trazidas para a Sociedade, além de representar um vício social.

O vitalício é um vaidoso. A administração seguirá a ordem natural e legal de uma sociedade estabelecida, de modo que não desrespeite as leis do país.

É importante a existência do Centro espírita porque ele representa a reunião em comunidade e a Sociologia registra que o homem é, por excelência, um componente social. Entretanto, os estudos doutrinários – e não cultos religiosos – podem ser feitos em qualquer lugar, até mesmo em domicílio, no seio da família ou em reunião com amigos e companheiros.

A manutenção de costumes religiosos estranhos é um ranço que não pode existir no meio espírita sem profaná-lo; a liberdade de cada um e o respeito a ela é um direito de todos, porém, isso não permite que se chame de culto espírita àquilo que seja reminiscência de outras correntes filosóficas, até mesmo de práticas religiosas. Kardec condena esse culto de exteriorizações, por isso, não temos templos para ofícios religiosos.

 

A posição de Kardec – O estudo espírita, bem como o conhecimento da doutrina, são de vital importância aos seus praticantes. Sem isso, sem a razão e sem a independência para seguir a doutrina não se pode ser espírita. É um direito seu o de não se subjugar a outras correntes, mesmo predominantes e prepotentes.

Esta é a grande causa da confusão que existe no meio espírita, uns achando que a doutrina codificada por Kardec é uma religião, outros, tendo-a como um estudo filosófico científico de conclusões morais, enfim, uma diversificação total de opiniões. O pior de tudo é o uso de textos isolados que alguns empregam para justificar sua tese, principalmente os inimigos da trilogia, onde a terceira parte doutrinária seja a religiosa e que, chegam a ponto de cometerem a barbaridade de substituí-la pela moral que é um capítulo da sua parte filosófica.

Baseiam-se estes na definição que Kardec dera no seu livro “Qu’est-ce que le Spiritisme”, ao fim do preâmbulo, assim se expressando: – Le spiritisme est une science qui traite de la nature, de l’origine ET de la destinée des Esprits, et de leurs rapports avec le mond e corporel. (O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e de seu intercâmbio com o mundo corpóreo) só que, se esquece de que, nesse mesmo livro (pág. 89 da 4ª ed.), o mesmo Kardec, respondendo a um padre, afirma:

– Si le spiritisme niait l’existence de Dieu, de l’âme, de son individualité et de son immortalité, dês peines et des récompenses futures du livre arbitre de l’homme. S’il enseignait que chacun n’est ici –bas que pour soi et ne doit penser qu’à soi, il s erait non seulement contraire à la religion catholique, mais à toutes les religions du monde; ... Loin de là; les Esprits proclament um Dieu unique souverainemente juste et bom; ils disent que l”homme est libre et responsable de ses ates, rémunéré ET puni selon le bien ou le mal qu’il a fait; ils placent au -dessus de toutes les vertus la charité évangélique, et cette règle sublime enseignée para le Christ: Agir envers les autres comme nous voudrions qu’on agît envers nous. Ne sont -ce pas lá les fondements de la religion?

Traduzindo: – Se o Espiritismo negasse a existência de Deus, da alma, de sua individualidade e de sua imortalidade, dos resgates e das recompensas futuras, do livre arbítrio do homem. Se ensinasse que cada um cuide si sem pensar nos demais, ele seria não apenas contrário ao catolicismo, mas a todas as religiões do mundo;... Ao contrário disso, os Espíritos proclamam um Deus único soberanamente justo e bom; dizem ainda que o homem é livre e responsável por seus atos, recompensado ou punido conforme o bem ou o mal que pratique; colocam acima de todas as virtudes a caridade evangélica e a regra sublime ensinada por Cristo: fazermos com os outros como queiramos que façam conosco. Não seriam esses os fundamentos da religião?

Mais explícito do isso, só se mandasse gravar um título em destaque garantindo que o Espiritismo contém uma parte religiosa. Só que os que desejam abolir esta faceta doutrinária, simplesmente ignoram tais declarações que emanam do próprio codificador. E depois de se ler esse texto, quem continuar negando a parte religiosa do Espiritismo está querendo ser mais realista do que o próprio rei.

 

A idolatria – é outro ponto polêmico que o Espiritismo combate; ela não representa nem o respeito, nem a admiração, muito menos a aceitação da existência de Deus como o grande Criador do Universo, nem dos idolatrados como dignos do respeito, senão do medo, até temor que têm dos mesmos. Coloca Deus na condição de simples humano, como predicados – que, para um Criador Supremo tornam-se defeitos – de poderes tais, competitivos com os nossos, que seja capaz de fazer o que bem entenda até mesmo o de contrariar suas próprias leis, identificando-se com a imperfeição.

Venerar vem do latim – venerari –, verbo que, segundo Plauto, significa adorar com submissão, reverenciar e, até mesmo, pedir com submissão. Cícero também empregou esse verbo com este sentido, lembrando que se trata de dedicação do homem aos deuses, no caso, romanos.

O espírita não pode, pelo simples fato de estar diante de uma Entidade, endeusá-la, venerando-a; pior, se for à própria Entidade a incentivadora, demonstrando com isso, que não se trata de nenhum luminar, senão um de enganador que se faça passar por orientador espiritual, geralmente, divertindo-se com isso.

Desses, devemos fugir, quando muito, evitar.

Nosso respeito, nossa admiração e até mesmo gratidão pela assistência que nossos mentores desencarnados nos dão, tudo isso deverá ter rigorosamente o mesmo tratamento como se estivéssemos ante um semelhante encarnado que nos preste ajuda e mereça o mais profundo afeto. Sempre lembrando, porém, que os sentimentos que dedicamos a terceiros, independente de situação, é uma questão de afinidade, afinidade essa que existe, até, numa substância química.

 

Apreciação final

O capítulo todo é muito delicado porque irá ferir susceptibilidades e contrariar aqueles que querem continuar praticando seus antigos cultos e fazer com que o Espiritismo os aceite.

Do mesmo modo que cada indivíduo deve ser respeitado em suas práticas e no seu direito de fazê-las, também ele deve respeito ao Espiritismo e suas normas evitando mesclar o purismo doutrinário com seus pontos de vista individuais.

Ninguém precisa mudar, contudo, ninguém deve alterar a doutrina para se auto realizar.

Carlos Imbassahy – obra E... Deus Existe?

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:01
Terça-feira , 28 de Setembro DE 2010

AMIGOS ESPIRITUAIS

 

Providência Divina manifesta-se, incessantemente, em todas as situações e lugares, proporcionando vasta gama de recursos, com vistas à proteção, ao futuro e ao progresso das criaturas.

Esse amparo acontece de infinitos modos. Um deles dá-se por intermédio de tutores espirituais, conhecidos, no meio espírita, pelo nome de guias ou amigos espirituais.

É grandiosa e sublime a doutrina dos guias espirituais, pois revela a providência, a bondade e a justiça do Criador para com seus filhos, provendo-os de meios para o aperfeiçoamento.

Para efeitos didáticos, Kardec classificou os guias espirituais em três categorias: Espíritos protetores, Espíritos familiares e Espíritos simpáticos. (1)

O Espírito protetor, ou anjo guardião, é sempre um bom Espírito, mais evoluído. Trata-se de um orientador principal e superior.

Sua missão assemelha-se à de um pai com relação aos filhos: a de orientar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo em suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida. Os Espíritos protetores não constituem seres privilegiados, criados puros e perfeitos, mas sim “[...] Espíritos que chegaram à meta, depois de terem percorrido a estrada do progresso [...]”. (2)

São as almas que já trilharam as experiências de diferentes reencarnações – as mesmas pelas quais estamos passando –, e conquistaram, pelo próprio esforço, uma ordem elevada. (3)

A missão dos Espíritos protetores tem duração mais prolongada, pois estes acompanham o protegido desde o renascimento até a desencarnação, e muitas vezes durante várias existências corpóreas. Entretanto, a atuação do protetor espiritual não é de intervenção absoluta, pois, apesar de influir em nossa vontade, evita tomar decisões por nós e contra o nosso livre-arbítrio.

Sente-se feliz quando acertamos e sofre quando erramos, embora esse sofrimento não seja revestido das mesmas paixões humanas, porque ele sabe que, mais cedo ou mais tarde, o seu tutelado voltará ao bom caminho.

Os Espíritos protetores dedicam-se mais à orientação de uma pessoa, em particular, não deixando, entretanto, de velar por outros indivíduos, embora o façam com menos exclusividade. Exercem supervisão geral sobre nossas existências, tanto no aspecto intelectual, incluindo as questões de ordem material, (4) quanto moral, emprestando ênfase a esta última, por ser a que tem preponderância em nosso futuro de seres imortais.

Os Espíritos protetores, em realidade, jamais abandonam os seus protegidos, apenas se afastam ou “dão um tempo” quando estes não ouvem os seus conselhos.

Desde, porém, que chamados, voltam para os seus pupilos, a fim de auxiliá-los no recomeço.

Por isso, atentemos aos conselhos de Joanna de Ângelis:

Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.

Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.

Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante. (5)

Momento chega, porém, em que o aprendiz deixa de ser tutelado.

Isso acontece quando o Espírito atinge o ponto de guiar-se a si mesmo, estágio que, por enquanto, não se dá na Terra, planeta de expiação e provas. (6)

Os Espíritos familiares(7) são orientadores secundários. Embora menos evoluídos, igualmente querem o nosso bem. Podem ser os Espíritos de nossos parentes, familiares ou amigos. Seu poder é limitado e sua missão é mais ou menos temporária junto ao protegido.

Ocupam-se com as particularidades da vida íntima do protegido e só atuam por ordem ou com permissão dos Espíritos protetores, como, por exemplo, quando o socorrido está recalcitrante e não ouve os conselhos superiores ou apresenta comportamento enigmático. Nessa hipótese, o Espírito familiar, por ter mais intimidade e vínculos sentimentais com o protegido, é aceito como colaborador, de modo a auxiliar na solução de problemas específicos.

Podem, por exemplo, influenciar na decisão de um casamento, (8) nas atividades profissionais(9) ou mesmo na tomada de decisões importantes que envolvam o cumprimento da lei de causa e efeito, (10) conforme a necessidade do atendido.

Já os Espíritos simpáticos podem ser bons ou maus, conforme a natureza das nossas disposições íntimas. Ligam-se a nós por uma certa semelhança de gostos, de acordo com nossas inclinações pessoais. A duração de suas relações, que também são temporárias, se acha subordinada a determinadas circunstâncias, vinculadas à persistência dos desejos e do comportamento de cada um. Se simpatizam com nossos ideais, com nossos projetos, procuram nos ajudar e,muitas vezes, tomam nossas dores contra nossos adversários, situação em que não contam com o beneplácito dos Espíritos protetores.

Portanto, ninguém, absolutamente ninguém, está desamparado.

Entretanto, Deus não nos atende pessoalmente, conforme nossos caprichos, mas por intermédio das suas leis imutáveis e de seus mensageiros, isto é, Deus auxilia as criaturas por intermédio das criaturas. Apesar disso, os orientadores espirituais não fazem por nós o trabalho que nos compete para o nosso crescimento moral e intelectual. Não existe parcialidade nem privilégio nas leis divinas, ou seja, cada um recebe de acordo com o seu merecimento, de conformidade com seus esforços.

O amigo espiritual comparece quando é invocado, por meio de uma simples prece.

Para ele, não há distância, lugar, tempo ou barreiras que o impeçam de atender a um apelo sincero, seja onde for: no lar, nos hospitais, nas ruas, no trabalho, nos cárceres e mesmo nas furnas da devassidão.

A ação dos orientadores espirituais é oculta, porque, se nos fosse permitido contar sempre com eles, seríamos tolhidos em nossa livre iniciativa e não progrediríamos.

Nisso também está a sabedoria divina, porque assim desenvolvemos melhor nossa inteligência e ganhamos mais experiência. Do contrário, permaneceríamos estacionados, como no caso de certos pais que sempre fazem tudo para os filhos, poupando-os de aborrecimentos e dificuldades, e, com isso, tirando deles a oportunidade do aprendizado e da experiência, com graves prejuízos para a sua formação moral.

Os Espíritos infelizes, ainda presos nas malhas da ignorância, que se empenham em nos desviar do bom caminho, por meio dos maus pensamentos e de outras estratégias que encontram motivação em nossas próprias fraquezas, não têm missão de fazer o mal.

Praticam esses atos por sua própria conta e responsabilidade e um dia terão que resgatar seus erros.

São Espíritos ainda atrasados moralmente, quais fomos um dia – de cujas mazelas também não nos libertamos integralmente –, e que, por sua vez, igualmente despertarão para o bem. Sua presença, entre nós, é útil, porque permite o adestramento de nossas faculdades, constituindo mesmo um campo de provas ou expiações, cujos obstáculos nos compete superar, na busca de caminhos alternativos para a libertação de nossas imperfeições que, na realidade, são o chamariz desses supostos adversários.

Como visto o Pai não nos cria a esmo, sem proteção, planejamento e finalidade. Dá-nos, em plenitude, todos os suprimentos necessários ao nosso desenvolvimento, tendo nos Espíritos protetores “[...] os mensageiros de Deus, encarregados de velar pela execução de seus desígnios em todo o Universo, que se sentem ditosos com o desempenho dessas missões gloriosas [...]”, (11) protetores esses que se utilizam do auxílio ou assessoramento dos guias espirituais das classes menos elevadas.

Os anjos ou protetores espirituais de hoje são os homens de ontem, que evoluíram, deixando para trás a animalidade. Essa ligação e interdependência entre os Espíritos das diversas faixas evolutivas, em permanente contato com o plano físico, formam o caleidoscópio da grande família universal, evidenciando as leis da unidade da Criação e da solidariedade entre os seres.

Deus, nosso Pai, não nos quer como autômatos, mas sim como parceiros, cocriadores, coparticipes, que temos a ventura de alcançar a perfeição pelas próprias forças, desfrutando o mérito da vitória sobre nós mesmos.

Lembremo-nos, finalmente, de que cada um de nós, encarnados, também pode e deve amparar o próximo, de acordo com a nossa capacidade e independente de nosso estágio evolutivo.

Assim procedendo, estaremos, por nossa vez, atuando como auxiliares dos guias espirituais, para o cumprimento dos desígnios divinos, na infinita escala que dá acesso aos cumes evolutivos.

 

(1) KARDEC, Allan. O livro dos espíritos.

Trad. Evandro Noleto Bezerra. Ed. Comemorativa do Sesquicentenário. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Q. 489-521.

(2) Idem. A gênese. 52. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Cap. 1, item 30.

(3)Idem. O céu e o inferno. 60. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2008. P. 1, cap. 8.

(4)Idem. Obras póstumas. 40. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2207. P. 2, A minha primeira iniciação no Espiritismo, item Meu Guia espiritual, p. 304.

(5)FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos enriquecedores. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL, 1994.

(6)KARDEC, Allan. O livro dos espíritos.

Trad. Evandro Noleto Bezerra. Ed. Comemorativa do Sesquicentenário. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Q. 500.

(7)Entenda-se “familiares” num sentido mais amplo e não apenas no sentido da parentela corporal.

(8)XAVIER, Francisco C. E a vida continua... Pelo Espírito André Luiz. Ed. Especial. 1. Reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2008.Cap. 25.

(9)Idem. Nos domínios da mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. 34. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Cap. 15.

(10)Idem. Missionários da luz. 43. ed. Pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Cap. 12.

(11)KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. 80. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. P. 1, cap. 1, item 2, p. 22.

 

CHRISTIANO TORCHI

Reformador Jun/09

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:56
Domingo , 26 de Setembro DE 2010

SALVAÇÃO? NÃO OBRIGADO


O homem primitivo, intimamente ligado à natureza que o rodeava, expressava de forma espontânea e verdadeira sua espiritualidade. Através de seu instinto sentia a existência do transcendental, sentimento esse que pulsava, de forma nítida, na essência energética daqueles seres simples e ignorantes, vazios de conhecimento, porém plenos de autenticidade. À medida que a civilização humana começou a galgar novos degraus da escala do progresso, deixando cada vez mais de ser instintiva, passou a reprimir para os porões do inconsciente as percepções inatas e verdadeiras. Deixando para trás a infância histórica, passou a humanidade a uma fase da constestação sistemática tal qual o adolescente que recusa a priori os conceitos estabelecidos. Na procura de respostas para as inúmeras indagações que acometem a mente humana, passa a duvidar até mesmo de seus instintos. A crença no extrafísico, antes alicerçada na própria naturalidade dos sentimentos inatos, passa a ser substituída pela dúvida e, sobretudo, a exigir participalçao do racional.

Contudo, o homem moderno, esteja ele ligado à ciência ou à filosofia, procura cruzar a fronteira do racional e integrar-se aos valores percebidos por seu próprio psiquismo, de forma subjetiva. O paradigma mecanicista de Newton vem cedendo lugar à concepção de um universo energético aberto a outras dimensões. Não mais a atitude infantil do homem primitivo que apenas, por via inconsciente, aceitava a existência espiritual, nem tampouco a postura adolescente da rejeição preconceituosa de qualquer referência à espititualidade. Estamos no alvorecer não só de um novo século, mas de um novo milênio. As perspectivas futuras apontam para uma ciência e uma religião não mais estanques, dogmáticas, preconceituosas e onipotentes. O universo passa a ser observado e sentido, não mais como uma matéria tridimensional. A multidimencionalidade da matéria, já admitida pela física moderna, abre as portas para a percepção da existência do mundo espiritual.

A humanidade já não se satisfaz com os preceitos rígidos das religiões dominantes. O homem é um ser que indaga e quer saber, afinal, quem é, de onde vem e para onde vai. A dissociação existente entre a ciência e religião, verdadeiro abismo criado pelos homens, levou os indivíduos a ter uma visão fragmentária da vida. Os conselhos religiosos, tão úteis em épocas remotas, hoje tornam-se defasados em relação à evolução contemporânea . As orientações dos ministros religiosos foram substituídas pelos médicos, psicólogos, pedagogos etc... O que freqüêntemente observamos é a deficiência de respostas às ansiedades íntimas do indivíduo ou da própria sociedade. O que lhes falta? Por que profissionais extramamente capacitados, sérios e estudiosos se sentem limitados para compreender o sofrimento humano?

Por que pessoas justas às vezes sofrem tanto, e concomitantemente, outras, egoístas, que se comprazem no sofrimento do próximo, prosperam tanto? Há quem viva semanas, meses ou poucos anos, enquanto outros vivem quase um século! Por quê? Por que para uns a felicidade constante e para outros a miséria e o sofrimento inevitável? Por que alguns seriam premiados pelo acaso com as mais terríveis malformações congênitas? Por que certas tendências inatas são tão contrastantes com o meio onde surgem? De onde vêm?

Não há como responder a essas questões, conciliando a crença em uma Lei Universal justa e sábia, se considerarmos  apenas uma vida para cada criatura. O ateísmo e o materialismo são conseqüências inevitáveis da rejeição às crenças tradicionais, surgindo, naturalmente, pela recusa inteligente a uma fé cega em  um Ser que preside os fatos da vida sem qualquer critério de sabedoria, e justiça. A cosmovisão espiritista, alicerçada no conhecimento das vidas sucessivas, onde residem as causas mais profundas de nossos problemas atuais, traz-nos respostas coerentes. O conceito de reencarnação propicia uma ampla lente através da qual poderemos enxergar a problemática das vidas.As aparentes desigualdades, vivenciadas momentaneamente pelas criaturas, têm justificativa nos graus diferentes de evolução em que se encontram no momento. Além disso, sabe-se, pelas leis da reencarnação, que cabe a todas as criaturas um único destino: a felicidade. A evolução inexorável é feita pelas experiências constantes e o aprendizado decorrente. Os atos da criatura ocasionam uma seqüência de causas e efeitos que determinam as necessidades da reencarnação, a si própria, em tal meio ou situação; nunca existe punição; existe, sim, conseqüência lógica. Há colheita obrigatória, decorrente da livre semeadura, e sempre novas oportunidades de semear.

Cada ser leva para a vida espiritual a sementeira do passado, trazendo-a inconscientemente consigo ao renascer. Se uma existência não for suficiente para corrigir determinadas distorções, diversas serão necessárias para resolver uma determinada tendência a longa caminhada da vida. Nossos atos do dia-a-dia por sua vez, são também novos elementos que se juntam a nosso patrimônio energético, pois os arquivos que criamos são sempre no nível de campos de energia, influenciando intensamente, atenuando ou agravando as desarmonias energéticas estabelecidas pelas vivências anteriores.

A teia de nosso destino, portanto, não é exclusivamente determinada por nosso passado. O livre-arbítrio que possuímos tece também os fios dessa teia a cada momento, num dinamismo sempre renovado. A diversidade infinita das aptidões, ao nível das faculdades e dos caracteres, tem fácil compreensão. Nem todos os espíritos que reencarnam têm a mesma idade; milhares de anos ou séculos podem haver na diferença de idade entre dois homens. Além disso, alguns galgam velozmente os degraus da escada do progresso, enquanto outros sobem lenta e preguiçosamente.

A todos será dada a oportunidade do progresso pelos retornos sucessivos. Necessitamos passar pelas mais diversas experiências, aprendendo a obedecer para sabermos mandar; sentir as dificuldades na pobreza para sabermos usar a riqueza. Repetir muitas vezes para absorver novos valores e conhecimentos. Desenvolver a paciência, a disciplina e o desapego aos valores materiais. São necessárias existências de estudo, de sacrifícios, para crescermos em ética e conhecimento. Voltamos ao mesmo meio, freqüentemente ao mesmo núcleo familiar, para reparar nossos erros com o exercício do amor. Deus, portanto, não pune nem premia; é a própria lei da harmonia que preside à ordem das coisas. Agirmos de acordo com a natureza, no sentido da harmonia, é prepararmos nossa elevação, nossa felicidade.

Não usamos o termo "salvação", pois históricamente está vinculado ao salvacionismo igrejista, uma solução que vem de fora. Na realidade aceitamos a evolução, a sabedoria e a felicidade para todas as criaturas. "Nenhuma das ovelhas se perderá", disse Jesus. Fazendo-nos conhecer os efeitos da lei da responsabilidade, demostrando que nossos atos recaem sobre nós mesmos, estaremos permitindo o desenvolvimento da ordem, da justiça e da solidariedade social tão almejada por todos.

(publicado originalmente no Boletim do GEAE - 459 - Junho de 2003 e reproduzido com autorização do autor)
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:01
Domingo , 12 de Setembro DE 2010

AS PROVAS DA REENCARNAÇÃO

A reencarnação não é uma invenção do Espiritismo, porque, como toda lei natural a qual estão submetidos os espíritos criados por Deus, ela foi percebida pelo homem desde suas mais antigas civilizações.

No Ocidente, pode ser novidade a idéia da pluralidade das existências, mas no Oriente não. A prova disso está no texto encontrado pelo pesquisador da história do Egito, Picone-Chiodo, escrito cerca de três mil anos antes de Cristo, que dizia: “Antes de nascer à criança viveu, e a morte não é o fim. A vida é um evento que passa como o dia solar que renasce”.

Entre os hindus, o princípio da reencarnação era ensinado 1.300 anos a.C. pela filosofia dos Vedas, com o nome de metempsicose. Na Grécia antiga, a tese reencarnacionista (palingenesia) teve largo curso, relatando-se inclusive que Pitágoras se recordou de várias de suas existências anteriores, inclusive reconhecendo um escudo que dizia ter usado na guerra de Tróia, quando seu nome era Euforbus.

 

PERFEIÇÃO ESPIRITUAL

A reencarnação, segundo a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, é a volta do espírito a um novo corpo de carne que nada tem a ver com o anterior. Isto é, a alma que não se depurou em uma vida corpórea recebe a prova de uma nova existência, durante a qual dá mais um passo na senda do progresso. É por essa razão que passamos por muitas existências.

Se somos seres imortais, tendentes à perfeição, certamente os poucos anos de uma vida física são insuficientes para a aquisição das experiências necessárias ao nosso aperfeiçoamento.

Senão, ficaria sem sentido a afirmativa de Jesus: “Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai Celestial”.

Não é somente na Terra que reencarnamos; podemos viver em mundos diferentes. As reencarnações que passamos aqui não são as primeiras nem as últimas; são, porém, as mais materiais e bastante distantes da perfeição. A alma pode viver muitas vezes no mesmo globo e só pode passar a reencarnar em mundos superiores quando haja alcançado condição suficiente para tal.

 

PROVAS CIENTÍFICAS DA REENCARNAÇÃO

Todavia, a reencarnação, antes de ser mera questão doutrinária, assenta, pois, seu fundamento na palavra de Jesus e na própria Bíblia, sem falar na comprovação do fenômeno reencarnatório pela pesquisa científica, hoje de amplo domínio público.

O parapsicólogo indiano Hamendra Banerjee pesquisou mais de 1.200 casos de pessoas que tinham nítidas lembranças do que foram em vidas anteriores, ou seja, desde o local onde tinham vivido no passado até nomes de parentes, passando por seus próprios nomes, apelidos e fatos acontecidos com elas. Esses dados foram devidamente checados por Banerjee comprovando a reencarnação, embora tenha ele admitido que é possível alguém recordar-se de outras vidas através de uma memória extracerebral. No entanto, para nós, espíritas, essa memória, que sobrevive à morte do corpo físico e volta a existir em outra roupagem carnal, chama-se espírito reencarnado.

Um fato observado pelo professor Banerjee, na época diretor de pesquisas do Instituto Indiano de Parapsicologia, trata da reencarnação em sexos opostos. Gnana, com três anos de idade, afirmava ter sido o menino Tiillekeratne, que morrera aos 11 anos. Quando levada a casa em que morara na outra vida, a menina ficou muito contente ao reconhecer a irmã e manifestou aversão ao irmão com quem brigara pouco antes de morrer. Outro caso pesquisado foi o de Nejati, que dizia ser Nagib Budak. O morto e o reencarnado moravam à distância de 75 quilômetros. Najib fora assassinado com uma punhalada. O menino Nejati nasceu com a marca do ferimento da punhalada recebida na outra encarnação. Ele também reconheceu casas e parentes da vida anterior.

 

CRIANÇAS SUPERDOTADAS

Como explicar, sem a reencarnação, o caso do pequeno Sho Yano, de nove anos? Apesar da pouca idade, ele já sabe o que pretende ser quando crescer: médico. A diferença é que, ao contrário das outras crianças, ele não terá de esperar muito por isso. O garoto franzino, de 1,31 metro, acaba de entrar na Universidade de Loyola, em Chicago, Estados Unidos, onde estudará

Medicina. Daqui a quatro anos será doutor. Descendente de japoneses e coreanos, Yano é um gênio, e daqueles brilhantes. Tanto que seu coeficiente intelectual (QI) supera o índice máximo de 200 pontos. Graças à sua genialidade, ele se tornou o mais jovem universitário dos Estados Unidos.

Matthew Marcus, de doze anos de idade, residente em White Piains, subúrbio de Nova Iorque, é o mais jovem estudante deste século do college norte-americano. Autodidata em Matemática, Química e Física, em dois anos completou os seis anos da high school.

Por conselho dos professores, os pais de Matthew decidiram matriculá-lo numa escola superior. Hoje, seus colegas de classe são rapazes e moças de mais de 18 anos. Comporta-se normalmente como um menino da sua idade, diferenciando-se apenas quando penetra na intimidade dos livros de Cálculos Avançados, Mecânica, Física, Química, etc.

Em virtude do crescente número de crianças com grau de inteligência superior à média comum, tem-se desenvolvido muito a pesquisa em torno das prováveis origens desse fenômeno.

Sobre o assunto, existem duas teses mediante as quais a ciência acadêmica tem procurado explicar a existência de superdotados.

A primeira delas é a da hereditariedade genética, isto é: pais superinteligentes gerariam filhos superinteligentes. A segunda tese atribui o fenômeno ao que chama de hipoxemia cerebral: crianças nascidas de partos difíceis teriam, em decorrência disso, as células cerebrais estimuladas, e disso decorreria um quociente de inteligência superior.

Ambas têm cunho materialista e nenhuma vai a fundo na questão. Nenhuma tem a coragem de examinar o problema à luz de uma filosofia que considere o homem como algo transcendente à matéria. Só a teoria reencarnacionista pode abrir à Ciência caminhos mais seguros para uma investigação eficiente acerca desse e de outros fenômenos da mesma natureza. Em sua milenar sabedoria, Sócrates afirmava que “aprender é recordar”.

Léon Denis, abonando a tese espírita de que a inteligência é atributo do espírito e não da matéria, lembra gênios que foram pais de néscios, como Marco Aurélio que gerou Cômodo. Todos nós conhecemos filhos de excepcional inteligência, tendo por pais pessoas absolutamente comuns, ou vice-versa. E nem todos os casos decorrem de partos difíceis.

 

A REENCARNAÇÃO NA BÍBLIA

Entre os judeus, a crença da reencarnação era geral. Textos do Velho Testamento e do Evangelho de Jesus aludem à reencarnação com o nome de ressurreição.

A primeira passagem em que Jesus admitiu o renascimento em outro corpo ocorreu quando revelou, a dois enviados de João Batista, que este era “o Elias que havia de vir”, ou seja, a reencarnação de Elias. Com isso, Jesus confirmou explicitamente o retorno do espírito a um novo corpo de carne, que nada tem a ver com o anterior, confirmando assim as profecias registradas no Velho Testamento acerca do retorno de Elias, como seu precursor. É importante esclarecer que a última profecia a esse respeito encontra-se no versículo 5, capitulo 4, do Livro de Malaquias.

A segunda vez em que Jesus nos fala de reencarnação foi no Monte Tabor, após a sua transfiguração, estando presentes Pedro, João e Tiago. Nessa oportunidade, segundo o relato de Marcos, Ele conversou com os espíritos de Elias e Moisés materializados.

Isso se deu quando os apóstolos, ao descerem do Monte Tabor, procuraram obter de Jesus um esclarecimento para a seguinte dúvida: se os fariseus e os escribas, intérpretes das escrituras, declaravam que Elias ao voltar desempenharia a missão de precursor do Messias, isto é, desempenharia sua missão antes de Jesus e que Elias estava no mundo espiritual, logo Jesus não seria o Messias esperado. Diante desse questionamento, o Mestre respondeu sem rodeios:

“Mas digo-vos que Elias já veio, e fizeram dele quanto quiseram, como está escrito dele”.

Ao receberem essa resposta, eles deduziram que o espírito Elias havia reencarnado como João Batista, que, em virtude de ter sido degolado, a mando de Herodes, já havia retornado à espiritualidade. Tudo isso se confirma com o registro de Mateus sobre a conclusão a que os apóstolos chegaram: “Então os discípulos compreenderam que Jesus tinha falado de João Batista”.

 

JESUS E NICODEMUS

A terceira passagem na qual Jesus também se refere à reencarnação foi no diálogo estabelecido com Nicodemus. Ao ser questionado pelo Doutor da Lei sobre o que seria necessário para alcançar o “reino dos céus”, em outras palavras a perfeição espiritual, Jesus sentenciou:

“Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”.

Diante desta resposta, diz Nicodemus: “Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer pela segunda vez?”.

E Jesus redargüiu entre outros esclarecimentos, afirmando: “... Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo”.

 

PAULO DE TARSO E A REENCARNAÇÃO

Quanto ao fato de o apóstolo Paulo ter dito que “os homens devem morrer uma só vez, depois do que vem o julgamento”, entendemos que ele, ao expressar-se dessa forma, não pretendeu de maneira alguma negar a reencarnação, pois é evidente que estava se referindo à morte do corpo físico e não à da alma, pois ela, de fato, não morre nem uma vez; é claro que ele não poderia ter dito tal absurdo, levando-se em consideração que o Apóstolo dos Gentios tinha plena convicção da imortalidade.

 

JUSTIÇA DIVINA

Sob o aspecto moral, como explicar os mecanismos da Justiça Divina sem a reencarnação, ante tão gritantes diferenças sociais, físicas e intelectuais facilmente perceptíveis entre as criaturas, filhas do mesmo Pai Celestial? Eis porque aqueles que hoje levam a miséria a muitos dos seus irmãos em humanidade, voltarão à Terra em condições de extrema pobreza.

Aqueles que tiraram a vida de seus semelhantes reencarnarão amanhã, exibindo as chagas da lepra ou experimentando as dores do câncer. É o funcionamento da lei de causa e efeito, ou melhor, é a aplicação do “a cada um será dado segundo as suas próprias obras”.

Enfim, com a reencarnação temos a certeza de que depois da morte continuaremos a viver, e retornaremos a um novo corpo físico tantas vezes sejam necessárias, até que, pelos degraus abençoados da evolução, atinjamos a perfeição espiritual.

Diante de todas essas evidências é que o Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, enunciou a máxima: “nascer, morrer, renascer ainda, progredir sempre, esta é a lei”.

 

Gerson Simões Monteiro

Presidente da Fundação Cristã Espírita Cultural Paulo de Tarso

e-mail: gerson@radioriodejaneiro.am.br

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 05:10
Sábado , 11 de Setembro DE 2010

VOTEM: NOSSO LAR E CHICO XAVIER PODEM REPRESENTAR O BRASIL NO OSCAR 2011

NOSSO LAR e CHICO XAVIER podem ser indicados para representar o Brasil no Oscar 2011.

 

Em uma iniciativa inédita, o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual, abre, de 8 a 20 de setembro, a votação pública para a sugestão do filme brasileiro a ser indicado para concorrer ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2011.

 

Os filmes estão listados no link abaixo, e você poderá escolher.

 

http://www.cultura.gov.br/site/2010/09/08/enquete-oscar/

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 21:43
Sexta-feira , 10 de Setembro DE 2010

ATUA EM PAZ

Não suponhas que a mudança das velhas estruturas ocorra de um para outro momento.

A violência, por mais intente fazê-lo, não consegue os resultados desejados. Ao contrário, complica a situação.

A sedimentação de hábitos morais e comodismos sociais não se desfaz a golpes de precipitada determinação. Exige recursos e tempo que propicie o seu desgaste.

As circunstâncias e os sofrimentos gerais que constringem os homens têm logrado expressivas alterações no comportamento geral, não, porém, o suficiente para mudar a face egoísta da sociedade.

O trabalho atual é de preparação psicológica e despertamento dos que dormem na indiferença acerca dos valores do espírito.

Se já consegues despertar o interesse de alguns poucos, em torno da mensagem espírita,rejubila-te, porquanto Jesus começou com reduzido número de companheiros para a grande tarefa de renovação da Humanidade, que infelizmente ainda não se deu.

Se logras fazer-te ouvir e te apresentam as suas inquietações, entusiasma-te, porque o Mestre, não raro, depois dos seus incomparáveis ensinos, era sempre defrontado pelo sarcasmo farisaico ou pela provocação de adversários gratuitos.

Se alcanças mentes que se propõem, em pequeno grupo, estudar ou conhecer a Doutrina, agradece, pois que o Senhor, por identificar a alma humana em toda a sua realidade, já afirmava que a “Seara é grande, mas os seareiros são poucos”.

Se já podes desviar alguém da delinqüência ou da ociosidade, induzindo a uma mudança de atitude perante a vida, alegra-te, tendo em vista que o Rabi, após haver liberado tantas almas das suas duras aflições e torpes compromissos, não contou com ninguém à hora do testemunho.

O importante, por enquanto, é apresentar a mensagem da vida eterna, embora muitos a desprezem e te desconsiderem.

Não descoroçoes no labor para o qual foste chamado e estás a atender.

Evita preocupar-te com o sucesso do ministério que, aliás, não pode ser considerado do ponto de vista multidinário.

O ocidente diz-se cristão e o oriente parece ressumar antiga Espiritualidade; todavia, os fatos e os problemas humanos superlativos demonstram o contrário.

Certamente que há exceções, o que corrobora a generalidade.

Atua, em paz e confiança, sem pressa nem imposição.

A vida se manifesta em ciclos que se traduzem em resultados eficazes.

Há um período para a sementeira e outro para a germinação; hoje é o dia do crescimento, amanhã, o da flor e, mais tarde, o do fruto...

O embrião espera o tempo para alcançar a plenitude da forma.

Nas realizações morais do espírito, o tempo é, igualmente, fator de sua importância.

Procede com equilíbrio e jamais te desanimes. Um dia os resultados se darão e esses, sim, são os que mais importa.

 

Joanna de Ângelis

 

Psicografia de Divaldo P. Franco - Roteiro de Libertação

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:01
Segunda-feira , 06 de Setembro DE 2010

HAVERÁ UM SÓ REBANHO E UM SÓ PASTOR

Uma das barreiras que infelizmente separam as religiões entre si é, sem dúvida, a pretensão que cada uma alimenta de ser dona exclusiva da verdade.

 

Esse raciocínio, pretensiosamente malformado, suscita em seus adeptos o veneno do fanatismo. Este, pela sua própria natureza nociva, cria na mente de cada criatura a idéia de um paraíso fantasioso, para onde irão, supostamente, os “eleitos do Senhor”.

 

Esse paraíso, criado pelas religiões que afirmam ter suas fontes doutrinárias no Cristianismo, mas que se permitiram engodar nas teias dos dogmas, da idolatria e dos rituais, não parece ser aquele ensinado por Jesus em seu Evangelho.

 

O paraíso ou reinado celestial ensinado pelas religiões ditas cristãs, segundo a mentalidade dogmática, é facilmente conquistável. Basta ser temente a Deus, crer no Senhor Jesus e aceitar que a Bíblia é a palavra de Deus e, assim, tudo se acomodará às mil maravilhas.

 

O Reino dos Céus, tão decantado pelo Cristo em suas convincentes pregações, é a perfeita figura simbólica do reino da paz que cada homem deve construir dentro de si mesmo. Com certeza, essa conquista-realização interior é difícil, trabalhosa, longa, sacrificial e espinhosa. Mas, significativamente benéfica.

 

Para aqueles que possuem apenas um razoável senso de discernimento das coisas, é bastante para compreenderem que existe uma palmar diferença entre o paraíso das religiões e o ensinado por Jesus. Desse modo, pode-se dizer que o primeiro é conquistável através de realizações exteriores, partindo da periferia para dentro; o segundo, porém, é conquistável por meio de construções íntimas, plenamente interiores, resultantes de mudanças ou transformações profundas no campo íntimo e complexo da personalidade, trabalhando e elevando o caráter a nível superior. É um trabalho realizado pelo próprio Espírito em sua intimidade, e que se projeta para fora do seu mundo interno. Neste sentido, Jesus asseverou: “O Reino de Deus está dentro de vós.”

 

Interpretando essa passagem evangélica com as luzes da Doutrina Espírita, pode-se afirmar sem receios de equívocos, que é improfícua toda e qualquer iniciativa do homem no sentido de conquistar o paraíso celestial fora dos preceitos ensinados pelo Cristo. Assim, que ele próprio o confirme: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”

 

Consoante a sabedoria dos homens mais experientes, em tudo na vida o radicalismo é prejudicial. É a maior verdade! O fanatismo religioso não deixa de ser uma espécie de corruptor da razão. Um indivíduo fanático, radicalmente apaixonado em matéria de fé, possui o raciocínio corrompido pela paixão. E pode até ver com a visão material (vale a redundância), mas não consegue enxergar com os olhos do bom senso. Não está devidamente maduro para alcançar o sentido das coisas relativas ao Espírito – ou não alcança a essência das coisas. É a esse gênero de cegueira espiritual que Jesus faz referência em seu Evangelho.

 

Pois bem! Muita gente pensa – pessoas adeptas de algumas escolas religiosas – que goza do privilégio de receber passaporte direto para o reino celestial.

 

Todavia, olvida ou ignora estas palavras do Cristo, proferidas com ênfase e em sentido claramente profético: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; é preciso que também a essas eu conduza; elas escutarão a minha voz e haverá um só rebanho e um único pastor.” (João, 10:16.)

 

Vamos questionar?

 

Com essa profecia, quis o Cristo dizer que dia viria em que todos os homens estariam unidos por uma única religião ou crença? Quando assim acontecer, que força, que poder moral e espiritual e que sabedoria possuiria tal religião, com o mérito de agregar todas as criaturas em torno de si? Apenas dirimindo dúvidas, seria realmente uma crença, uma fé, a própria Bíblia, uma doutrina, ou o próprio Cristo em seu suposto segundo advento? Ou caberia tal mérito a uma Doutrina identificada com o próprio Jesus em sentido de sabedoria, amor e verdade?

 

Segundo entendimento do Codificador do Espiritismo, para que possa ocorrer uma unidade de crença universal, todas as religiões terão de convergir para um campo de absoluta neutralidade. Contudo, para se alcançar tal objetivo, necessariamente, diz Kardec: “(...) todas terão que fazer concessões e sacrifícios mais ou menos importantes, conformemente à multiplicidade dos seus dogmas particulares”. (A Gênese, cap. XVII, no 32, edição FEB.)

 

Ademais, paralelamente aos fatores renúncias, sacrifícios e concessões que deverá haver da parte das religiões, como afirma o Codificador do Espiritismo, também contribuirá, significativamente, a Ciência. Com a palavra Kardec:

 

“Demolindo nas religiões o que é obra dos homens e fruto de sua ignorância das leis da Natureza, a Ciência não poderá destruir, mau grado à opinião de alguns, o que é obra de Deus e eterna verdade. Afastando os acessórios, ela prepara as vias para a unidade.” (Idem, ibidem.)

 

Eis aí importantíssimo papel da Ciência no concerto universal das crenças religiosas.

 

É ou não a voz do “bom senso encarnado” (como disse Camille Flammarion em discurso no túmulo de Kardec) que profetizou o futuro das religiões? Porventura, não é isso que as religiões cristã e não cristãs já vêm fazendo, com o fim de se confraternizarem, abrindo espaços para mútuas concessões? Parece que sim!

 

Por tudo isso se vê e conclui que discussões e concessões de parte a parte são as bases dos bons acordos, não somente no campo de todas as atividades humanas, mas também e principalmente nos setores de todas as religiões. Assim, tudo leva a crer que tão-somente desse modo as crenças religiosas alcançarão as metas da unidade apontadas por Allan Kardec.

 

Ora, quem se auto-analisar e analisar as imperfeições humanas, facilmente concluirá que a almejada unidade das religiões em “um só rebanho e um só pastor”, como disse o Cristo, não é acontecimento para já. É uma realização lenta, contínua e muito longa. Diria que o processo é de auto-educação espiritual,que se fará no espírito de cada crente religioso. Mas, para isso, cada um terá de demolir em seu interior as cortinas de ferro do orgulho, da vaidade e do egoísmo religioso e também dos interesses particulares.

 

Ademais, não é difícil observar que, até o presente, as religiões tradicionais do Ocidente como as do Oriente têm sido competitivas. Cada uma se acha no direito de estar com a verdade absoluta e dizer a última palavra em matéria de fé, o que, inevitavelmente, tem sido o fator básico para a divisão antipática entre elas.

 

Ora, como podem as religiões baseadas nos Antigo e Novo Testamentos se considerarem senhoras donas da verdade? Como podem se, em princípio, a Bíblia, em face de suas contradições, não é a palavra de Deus? Além do que, devido à imaturidade espiritual do povo daquela época, Jesus não disse tudo. Ele teve a prudência de reservar para si e para o Espírito Consolador o conhecimento da Verdade: “Tenho muitas coisas para vos dizer, mas não entendeis agora. Mas quando vier o Espírito da Verdade, ele vos ensinará toda a verdade.” (João, 14:15.)

 

Finalizando, no citado livro A Gênese (cap. XVII, no 40) Allan Kardec, entre outras coisas, diz: “A doutrina de Moisés, incompleta, ficou circunscrita ao povo judeu; a de Jesus, mais completa, se espalhou por toda a Terra, mediante o Cristianismo, mas não converteu a todos; o Espiritismo, ainda mais completo, com raízes em todas as crenças, converterá a Humanidade.”

 

Agora, uma pergunta:

 

É a Doutrina Espírita o pólo científico, filosófico e religioso que conseguirá agregar todas as religiões, para dar cumprimento à profecia do Cristo, em sua afirmativa “elas escutarão a minha voz e haverá um só rebanho e um único pastor”?

 

 

SEVERINO BARBOSA

Reformador  Set.2001

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 07:22
Domingo , 05 de Setembro DE 2010

PASTOR FINGE MILAGRE ACESSANDO REDE SOCIAL DOS FIÉIS

Um pastor foi desmascarado ao fingir receber inspirações divinas para adivinhar nomes de pessoas, seus gostos e dados pessoais. O segredo revelado: O pastor acessava o orkut dos membros da comunidade da dita igreja, e marcava os principais dados de cada um. Depois, durante o culto, procurava as pessoas e as anunciava, fazendo revelações supostamente ditas por Deus mas que eram nada ais, nada menos, que informações retiradas de seus perfis orkustícos. Malandrinho ele, hein?

 

 

 

 

Vish Maria, era só o que faltava!

 

O ideal é o pastor já fazer o culto com um notebook no púlpito! Então, já começo a campanha: “Diga sim às Igrejas com Wi-Fi“!

 

Em breve vai ter pastor recebendo mensagens de Deus via Twitter. Podem apostar!

 

E um viva ao “milagre da inclusão digital”! Belo trocadilho, não?

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 06:29
Sábado , 04 de Setembro DE 2010

RESPOSTA A UMA ALIENADA ESPIRITUAL

 

REPRODUZO AQUI MEU EMAIL, ENVIADO A ESTA SENHORA ALIENADA EM RELIGIÃO:

ISTO NÃO É SIMPLESMENTE ATITUDES HUMANAS E SIM ATITUDES COVARDES, DE PESSOAS NÃO ILIBADAS E DE BAIXO NIVEL MORAL E PESSOAS QUE EM VEZ DE ENGRANDECER A SUA RELIGIÃO, PREFERE ATACAR AS DOS OUTROS, CONFORME A MARIA HELENA, SUA AMIGA, O FAZ, VEJA SIMPLESMENTE O BLOG DELA 70% DELE É CRITICANDO O ESPIRITISMO.

QUANTO AO AJUSTAR CONTAS PERANTE DEUS, DEVEMOS PRESTAR CONTAS A JUSTIÇA DIVINA E TAMBÉM DEVERIAM ANTES PRESTAR CONTAS A CONSCIENCIA MORAL E CRISTÃ, COMO O CRISTO QUE NUNCA ESCREVEU NADA, PORÉM DISSE: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS, E
AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO, ESTA MÁXIMAS DEVERIAM TODOS SEGUIR A RISCA.

AS ATITUDES NEFASTAS DE UM SEGUIDOR OU MEMBRO DE UMA SEITA, DECORRE PRINCIPALMENTE DE QUEM O ESTA CONDUZINDO, PORQUE SÃO PESSOAS QUE NÃO TEM MORAL PARA QUESTIONAR, A ATITUDE MENOS ÉTICA DE UM PASTOR, REFLETE COM CERTEZA EM SEUS MEMBROS.

 

 

 

Por que tantos ataques ao Espiritismo??

 

Todos sabem e não é novidade que a Doutrina Espírita sempre foi muito atacada e agredida pelos mais diversos segmentos religiosos da sociedade. Desde criança sempre escutei estórias de velhos trabalhadores da Doutrina que foram rechaçados, humilhados e até ameaçados por pessoas com senso de fraternidade e respeito deturpados pelo fanatismo e cegueira religiosa.

 

Mas recentemente, para ser mais exato de uns 4 anos para cá, alguns irmãos de outros credos, principalmente esta Dona helena, estão mudando de tática, ao se verem totalmente impotentes diante do crescimento e consolidação da Doutrina dos Espíritos no Brasil e principalmente no mundo, estão agora mais organizados e dispostos a investidas cada vez mais poderosas no seu intento insano de tapar o sol com a peneira, seja por interesses econômicos, religiosos, políticos, fanatismo, ou mesmo por simples orgulho e vaidade. Os livros da codificação, antes tidos como malditos, imundos, escritos pelo demônio, etc, etc, agora estão sendo lidos e vasculhados, estudados mesmo, não por interesse filosófico ou doutrinário, mas para conhecer a Doutrina e tentar conseguir argumentos para "hostilizá-la".

 

A cada dia a mídia dá mais destaque ao Espiritismo, seja na TV, no Cinema, no Rádio, ou mesmo através de livros, revistas e edições variadas, nem todas espíritas, muitas mesmo científicas e todas de alta credibilidade. O Espiritismo encontra cada vez mais apoio da ciência e dos pesquisadores verdadeiros, desprovidos de preconceito, abertos às novas verdades, humildes na consciência que nada sabem e que a vida espiritual é uma verdade. Assim temos pesquisas no campo da EQM (Experiência de Quase Morte) realizadas pelo mundo todo que levou inclusive um pesquisador inglês a atestar a sobrevivência da consciência humana à morte, ou seja, a existência do ESPÍRITO. Pesquisas desenvolvidas pela regressão mental realizada por diversos psicólogos e psiquiatras não espíritas pelo mundo todo, comprovando a reencarnação e a memória acumulada de experiências anteriores. As pesquisas realizadas acerca da mediunidade e da comunicação com os espíritos. Só para citar três segmentos, sem falar na Transcomunicação Instrumental, entre outras.

 

Nas livrarias as edições de livros com temática espírita crescem cada vez mais, livros são traduzidos para o inglês, espanhol, esperanto, francês, russo etc, levando as idéias e a luz da Doutrina para todo o mundo. É uma verdadeira chuva de informações, depoimentos, conselhos, revelações, consolações e mensagens dos espíritos, para todo o mundo, para toda a humanidade. O Espiritismo se fortalece, pois encontra suporte na verdade, religiões como o Budismo, Hinduismo e outras, aceitam e sabem das verdades da reencarnação e da vida após a morte e assim o Espiritismo confirma e solidifica suas idéias.

 

Cada vez mais a medicina se rende a verdade da existência do mundo espiritual e as Associações de Médicos Espíritas se espalham pelo Brasil e pelo mundo, realizando congresso, discussões, pesquisas, e se unindo pela humanização e espiritualização da medicina, entendendo o ser humano não apenas como uma máquina material e biológica, mas como um conjunto formado pelos diversos componentes da matéria e do espírito.

Na internet, dia-a-dia aparecem novos sites sobre o Espiritismo, divulgando com força total a Doutrina, com pesados índices de acesso, numa demonstração do interesse que a Doutrina desperta em todos. Muitos, receosos e temerosos da reação de parentes e da sociedade, estudam, leem, participam, e se beneficiam das luzes da Doutrina, de dentro de seus quartos, à portas fechadas, através da rede mundial de computadores. Todos acessam e entram em contato com as verdades Espíritas cada vez com mais frequência e os pedidos de orientação e de conselhos, os desabafos e os agradecimentos, não cansam de chegar via e-mail, demonstrando que verdadeiramente o Espiritismo é a Doutrina Consoladora prometida pelo Cristo.

 

Diante deste quadro parece que o desespero levou esses irmãos a terem uma atitude de análise da Doutrina Espírita e de tudo que possa fazer parte da mesma, para atuar violentamente na campanha de difamação e destruição em que estão empenhados. Foi assim que verificamos absurdos como a própria alteração de textos bíblicos incluído neles as palavras MÉDIUM, ESPÍRITA E ESPIRITISMO, para dizer que o Espiritismo é condenado pelas escrituras sagradas, quando sabemos que essas palavras foram criadas por Kardec, portanto, vocábulos inexistentes ao tempo em que foi escrita a Bíblia. Estes argumentos, e muitos outros, cada um mais ridículo que o outro, foram todos combatidos e desmascarados por estudiosos e defensores da verdade que puseram por terra todos os argumentos "bíblicos".

 

Com a impossibilidade de manter os argumentos falsamente retirados da Bíblia passaram a investir contra a Doutrina afirmando que a mesma estava dividida e fraca, chegaram a comparar Espiritismo com Maçonaria, Ordem Rosa-cruz, Umbanda, Candomblé e outras filosofias ou doutrinas, numa demonstração de ignorância profunda e de total cegueira ou mesmo má-fé, tentando generalizar, colocar tudo "numa única panela". Infelizes que foram, tiveram seus argumentos totalmente desarmados mais uma vez e puderam assistir a Doutrina Espírita cada vez mais fortalecida.

 

Agora alguns líderes cristãos vasculham a Codificação, observam cada detalhe, estudam em grupo, procurando "pontos" e "vírgulas", na tentativa de colocar Kardec em xeque, de verificarem uma contradição que nunca encontram, fantasiando erros e apontando minúcias, comparados somente ao distraído que observa uma grande construção, como uma grandiosa torre, dia após dia, procurando um motivo para desmerecê-la, e que grita aos quatro ventos: "vejam, aquele tijolo no 25º andar está rachado, esta torre é uma mentira porque aquele tijolo é imperfeito", desatentos e incapazes que são para admitir que seu orgulho e vaidade são maiores que a própria torre ! 

 

Recentemente pude ler absurdos cada vez maiores, como a acusação falsa e insustentável de que Kardec foi racista, comparando o Espiritismo ao Nazismo, comparando a Codificação como Doutrina apoiada por Hitler, seria cômico se não fosse tão absurdo. Que deturpamos os ensinamentos do Cristo. Esta também foi uma argumentação perfeitamente destruída e lançada por terra de forma brilhante. Cada vez mais a Doutrina Espírita se fortalece porque em tudo temos que observar os benefícios dela decorrentes. Existem males que vem para o bem e acredito que toda essa gama de ataques são de alguma forma benéficas para todos nós, cada vez que um argumento é lançado por terra temos aí mais dúvidas esclarecidas, mais divulgação, mais fortalecimento da Doutrina. Exatamente como predito pelos Espíritos Superiores de que os detratores seriam os maiores divulgadores da Doutrina. Cada vez mais pessoas observam a lógica e a fortaleza da Doutrina e também vão notando o desespero e a impossibilidade dos seus detratores em depreciá-la.

 

Estamos vigilantes, atentos, cada vez mais atuantes na defesa do Espiritismo pois sabemos que os ataques não vão parar por aí, é só o começo, estamos preparados e sabemos que a Doutrina estará firme e seguirá em frente, crescendo cada vez mais, levando verdade e consolo a cada vez mais pessoas, iluminando cada vez mais. Os irmãos que hoje lutam de forma ferina, cerrando os punhos e esbravejando contra o Espiritismo ao falarem da Doutrina, desencarnarão um dia e entrarão em contato com a verdade. Reencarnarão cada vez mais dóceis, até que atingirão a maturidade de aceitar e lutar pela sua libertação e crescimento espiritual e não pela vitória exclusiva de sua crença religiosa.

Assim é que observamos esses anátemas que cada vez mais se apresenta contra o Espiritismo, e com serenidade e fraternidade vamos seguindo, abrindo picada na mata da ignorância, derrubando essas barreiras, afastando estas idéias absurdas e mostrando o verdadeiro valor das idéias luminosas da Doutrina dos Espíritos.

 

Não nos esqueçamos da frase do nosso grande Emmanuel quando nos disse: "A maior caridade que se pode fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação" e eu acrescentaria. . . e a sua defesa !. Divulgar o Espiritismo é semear o amor!

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 03:26
Quinta-feira , 02 de Setembro DE 2010

FALSAS ALEGRIAS

 

Encarados Sob o Prisma do Espiritualismo, são os mais ilusórios os conceitos do homem sobre as coisas boas e más, apetecíveis e indesejáveis, tristes e alegres. Sob a luz do Espiritismo, então, esses conceitos se tornam mais que ilusórios, pois que se mostram em toda a nudez de sua falsidade.

Para o Homem Indiferente as Coisas espirituais, em cujo cérebro não passa nem de leve o significado da expressão «vencer o mundo», já que não tem outro interesse senão o de conquistar o mundo, cogitar de uma vida além da morte, ter que pensar em disciplinar a conduta segundo os ditames do Evangelho, ou conformar-se ante as aparentes injustiças que o circundam, é um verdadeiro «atraso de vida»...Não é por outra razão que o consenso predominante é o de «gozar a vida», extraindo dela o melhor quinhão de delícias e regalias, e isso o mais intensamente possível, mesmo porque, diz a «vox populi», a vida é curta...

Isso Explica o Frenesi em que se vive neste mundo sublunar, frenesi que se mostra sobre exaltado nestes últimos tempos, em que a busca do prazer leva as criatura, sob os mais estapafúrdios pretextos, a inventar maneiras inimagináveis de preencher as chamadas «horas de lazer» e a arquitetar tipos de diversão onde se dá vazão ao que o homem tem de mais baixo e instintivo, já que as diversões que realmente merecem esse nome perderam todo o sabor, passaram à categoria de «coisa quadradas». A correria vai num ritmo tal que dá para desconfiar de que os homens se estão apercebendo, inconsciente ou subconscientemente, de que o mundo marcha para o seu fim...

De Outro Angulo, a Questão se Mostra até paradoxal. Como resultado das grandes concentrações urbanas, estão desaparecendo aqueles divertimentos simples que realmente se destinavam a refazer o corpo e a alma das criaturas, e os poucos que subsistem exigem tais canseiras para serem desfrutados que já estão perdendo, realmente, suas características de diversão. Os novos meios de distração colocados ao dispor das grandes massas, os quais, em vez de exigirem o desconforto de sair de casa, entram pela casa adentro, como o rádio e a televisão, servem antes para trazer o desassossego e a apreensão aos espíritos, tais a quantidade e a qualidade das notícias e das imagens que veiculam, por disseminarem de preferência os lados nefastos e deseducativos do que acontece e se faz pelo mundo.

As Grandes Festanças de Carater popular, muitas vezes transformadas em objeto de folclore, se é que algum dia foram diversões, acabam, ou por sua origem, ou por efeito de distorção, constituindo-se, realmente, em mais um incentivo ao que os homens possuem de mais grosseiro e primitivo. Num mundo em que a licenciosidade já era uma chaga a erradicar, e que agora chega a tresvariar com os excessos da permissividade, parece improvável que se consiga implantar um clima favorável às alegrias sadias e espiritualizantes, já que a franca preferência, com bastantes argumentos a favor, é pela satisfação dos impulsos e apetites onde a carne grita, domina e enxovalha.

Não Resta Dúvida de que, Com essa mentalidade, o homem, por muito tempo ainda, continuará a julgar que o Evangelho, a ser observado, venha a constituir-se num «atraso de vida»; continuará a trocar, por considerá-las funéreas e amargas, as alegrias puras e imarcescíveis do espírito pelo aturdimento enganoso das falsas e torpes alegrias do mundo; e a muito custo é que se certificará de que, sem o Evangelho, continuará mergulhado no verdadeiro «atraso de vida»...

Reformador – Fevereiro de 1975

 

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:22

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