O ESPIRITISMO COMO REVELAÇÃO




Falemos sobre os porquês de o Espiritismo ser considerado a "Terceira Revelação Divina".
Em primeiro lugar, tenhamos presente em nossa memória o conteúdo do cap. I do livro "A Gênese": Caráter da Revelação Espírita. Ali fica claro que Kardec emprega a palavra revelação no sentido de "tirar o véu", mostrar uma verdade que era desconhecida. Daí por que Kardec classifica como reveladores os cientistas: Copérnico, Galileu, Newton, Laplace, Lavoisier.
Revelação divina - No item 10 do mesmo capítulo, Kardec escreve: "Só os Espíritos puros recebem a palavra de Deus com a missão de transmiti-la" e "O caráter essencial de toda revelação divina é o da eterna verdade".
No intuito de ser breve, resumamos:
1ª revelação - Moisés (Decálogo): a Lei Divina (O que fazer);
2ª revelação - Jesus (Evangelho): o Amor Divino (Como fazer);
3ª revelação - Espíritos (Espiritismo): a Verdade Divina (Por que fazer).
Estas revelações são cumulativas e veio cada uma a seu tempo, em resposta ao crescimento contínuo da inteligência nas camadas menos involuídas do Homem terreno.
Convém lembrar, por oportuno, que, na condição de o "Consolador Prometido por Jesus", o Espiritismo é uma ampla cosmovisão que engloba, indissociavelmente, aspectos filosóficos e científicos, dos quais defluem consequências ético-morais afinadas com a essência dos ensinos do Cristo-Jesus. Tenhamos presente que a hipertrofia ou a atrofia de qualquer um destes aspectos descaracteriza a Doutrina Espírita.
"A verdade vos libertará" - proclamou o Excelso Mestre Jesus.
Proclamando a excelência da razão para iluminar as crenças humanas, o Espiritismo configura a "ciência admirável" prenunciada pelo Espírito da Verdade a René Descartes (em 1614). Parece-nos razoável que entendamos a doutrina espírita como o corolário do movimento iluminista, libertador do pensamento humano do obscurantismo dogmático e anticristão.
Tal como consta d'O Evangelho segundo o Espiritismo (cap. I), eis que está conosco o Paracleto, relembrando e ampliando a mensagem do Cristo e explicando, numa linguagem atualizada, os mecanismos causais dos fenômenos que produziram as chamadas "escrituras sagradas": os profetas eram médiuns! Os chamados "milagres" são, na verdade, fenômenos naturais, pois nada pode acontecer ao arrepio das Leis estatuídas pela Divindade. Na Doutrina Espírita, Deus se desantropomorfiza; Jesus é o Irmão Maior, o Mestre por excelência; a imortalidade é o selo da Vida, somos espíritos imortais; a perfeição é a nossa meta; a evolução, o caminho; a reencarnação, o meio...
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 11:15