Quarta-feira , 01 de Julho DE 2009

AFLITOS NO REINO DOMÉSTICO

 

Emmanuel
 
Se te encontras entre aqueles companheiros aflitos do reino doméstico, sob agitação quase constante, na expectativa de receber mais dilatadamente o carinho e a assistência dos entes queridos, considera que na atualidade do mundo físico, não é muito fácil manter essa modalidade de cobertura afetuosa por parte daqueles que te usufruem a convivência.
Neste último quartel de século, observemos, por itens, algumas das inovações que dificultam a doação de tempo, entre familiares e amigos íntimos, tais quais sejam:
a requisição cada vez mais intensa da mulher para o serviço profissional, fora de casa;
as desvinculações  gradativas ou violentas no campo da vida familiar;
os percalços do trânsito;
a intensificação do estudo por necessidade de todas as classes, que aspiram a atingir mais alto nível de cultura para a demanda compreensível nas provas de habilitação;
os problemas de moradia;
o fascínio da televisão sobre a mente infanto juvenil;
as preocupações com o movimento que se convencionou chamar por mercado de consumo.
Todos esses fatores influenciam a vida nos modernos tempos de evolução.
Não te acredites sob a desconsideração das pessoas queridas.
Quase todas elas estão sujeitas ao mecanismo de circunstâncias de que não podem fugir.
Quanto possível, asserena-te e aprende a solucionar as próprias necessidades pessoais, sem o concurso de outros.
Isso não quer dizer que se vive, no mundo de hoje, no regime egoístico do “cada qual para si.”
Acontece que o progresso avança, e mais imperiosa se faz a obrigação de atenuar, tanto quanto possível, esse ou aquele peso sobre os corações queridos.
E se alguém, provavelmente, vier a indagar que tem semelhantes acontecimentos com os amigos desencarnados, responderemos que a precipitação e o ressentimento, o azedume e o pessimismo, são agentes altamente corrosivos em nossas tarefas e esquemas de auxílio e equilíbrio, na Vida Espiritual, em favor dos próprios homens, nossos irmãos.
Quando todos nós nos dispusermos a cumprir as próprias obrigações, sem o conformismo da inércia e sem a rebeldia da insatisfação destrutiva, estaremos todos em harmonia com as leis da Vida e do Universo transformando o tempo em alegria e transfigurando a Terra em céu na plenitude dos Céus.
 
Extraída do Livro Paz - Psicografado por Francisco Cândido Xavier
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 19:58
Terça-feira , 30 de Junho DE 2009

A VINDA DE JESUS

 

 
 
     A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.
     Começava a era definitiva da maioridade espiritual da Humanidade terrestre, de vez que Jesus, com a sua exemplificação divina, entregaria o código da fraternidade e do amor a todos os corações.
     Debalde os escritores materialistas de todos os tempos vulgarizaram o grande acontecimento, ironizando os altos fenômenos mediúnicos que o precedera,. As figuras de Simeão, Ana, Isabel, João Batista, José, bem como a personalidade sublimada de Maria, tem sido muitas vezes objeto de observações injustas e maliciosas; mas a realidade é que somente com o concurso daqueles mensageiros da Boa-Nova, portadores da contribuição de fervor, crença e vida; poderia, Jesus lançar na Terra os fundamentos da verdade inabalável.
     Muitos séculos depois da sua exemplificação incompreendida, há quem o veja entre os essênios, aprendendo as suas doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de redenção. As próprias esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas.
     O Mestre, porém, não obstante a elevada cultura das escolas essênias, não necessitou de sua contribuição. Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos longínquos do princípio.
     Do seu divino apostolado nada nos compete dizer em acréscimo das tradições que a cultura evangélica apresentou em todos os séculos posteriores à sua vinda à Terra, reafirmando, todavia, que a sua lição de amor e de humildade foi única em todos os tempos da Humanidade.
     Dele asseveravam os profetas de Israel, muito antes da manjedoura e do Calvário: - “Levantar-se-á como um arbusto verde, vivendo na ingratidão de um solo árido, onde não haverá graça nem beleza; Carregado de opróbrios e desprezado dos homens, todos lhe voltarão o rosto. Coberto de ignomínias, não merecerá consideração; É que Ele carregará o fardo pesado de nossas culpas e de nossos sofrimentos, tomando sobre si todas as nossas dores; Presumireis na sua figura um homem vergando ao peso da cólera de Deus, mas serão os nossos  pecados que o cobrirão de chagas sanguinolentas e as suas feridas hão de ser a nossa redenção. Somos um imenso rebanho desgarrado, mas, para nos reunir no caminho de Deus, Ele sofrerá o peso das nossas iniqüidades. Humilhado e ferido, não soltará o mais leve queixume, deixando-se conduzir como um cordeiro ao sacrifício; O seu túmulo passará como o de um malvado e a sua morte como a de um ímpio; Mas, desde o momento em que oferecer a sua vida, verá nascer uma posteridade e os interesses de Deus hão de prosperar nas suas mãos”.
EMMANUEL 
LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL - Psicografia: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos
 

 

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 02:31
Terça-feira , 23 de Junho DE 2009

ESPÍRITOS DA LUZ



Reunião pública de 7-3-60 .
Questão nº 267 - Parágrafo 10º. (Livro dos Espíritos)

Parafraseando a luminosa definição do apóstolo Paulo, em torno da caridade, no capítulo treze da primeira epístola aos corintios, ousaremos aplicar os mesmos conceitos aos Espíritos benevolentes e sábios que nos tutelam a evolução.
Ainda que falássemos a linguagem das trevas e não possuíssemos leve raio de entendimento, — não passaríamos para eles de pobres irmãos necessitados de luz.
Ainda que nos demorássemos na vocação do crime, caindo em todas as faltas e retendo todos os vícios, a ponto de arrojar-nos, por tempo indeterminado, nos últimos despenhadeiros do mal, para nosso próprio infortúnio, — não seríamos para eles senão criaturas Infelizes, carecentes de amor.
Ainda que dissipássemos todas as nossas forças no terreno da culpa e dedicássemos a vida ao exercício da crueldade, sem a mínima noção do próprio dever, — Isso seria para eles tão-somente motivo a maior compaixão.
Os Espíritos da Luz são pacientes.
Em todas as manifestações são benignos.
Não invejam.
Não se orgulham.
Não mostram leviandade.
Não se ensoberbecem.
Não se portam de maneira inconveniente.
Não se irritam.
Não são interesseiros.
Não guardam desconfiança.
Não folgam com a injustiça, mas rejubilam-se com a verdade.
Tudo suportam.
Tudo crêem.
Tudo esperam.
Tudo sofrem.
A caridade deles nunca falha, enquanto que para nós, um dia, as revelações gradativas terão fim, os fenômenos cessarão e as provas terminarão, por desnecessárias.
Por agora, de nós mesmos, conhecemos em parte e em parte imaginamos; entretanto, eles, os emissários do Eterno Bem, acompanham-nos com devotamento perfeito, sabendo que, em matéria de espiritualidade superior, quase sempre ainda somos crianças, falamos como crianças, pensamos quais crianças e ajuizamos infantilmente.
Estão certos, porém, de que mais tarde, quando nos despojarmos das deficiências humanas, abandonaremos, então, tudo o que vem a ser pueril.
Verificaremos, assim, a grandeza deles, como a víssemos retratada em espelho, confrontando a estreiteza de nosso egoísmo com a imensurabilidade do amor com que nos assistem.
Conforte-nos, pois, reconhecer que, se ainda demonstramos fé vacilante, esperança imperfeita e caridade caprichosa, temos, junto de nós, a caridade dos mensageiros do Senhor, que é sempre maior, por não esmorecer em tempo algum.

Emmanuel
Do livro Seara dos Médiuns. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 05:13
Quarta-feira , 13 de Maio DE 2009

EXPERIÊNCIA RELIGIOSA


Emmanuel

Deploramos as calamidades de que o materialismo se faz a nascente e insistimos pelo retorno à fé religiosa, para que a responsabilidade seja colocada no lugar que lhe é próprio.
Apontamos a excelência da virtude, traçamos roteiro à vida heróica, articulamos cruzadas de rearmamento moral e encarecemos a redenção de costumes.
É forçoso reconhecer, no entanto, a inevitabilidade da ação para definir a função.
Contraditório aconselhar uma estrada e seguir noutra.
Toda escola é centro indutivo.
Formam-se engenheiros nas disciplinas em que outros engenheiros se tornaram instrutores.
Fazem-se mecânicos, no trabalho em que outros mecânicos se fizeram exímios.
O invento pede uso, a teoria espera demonstração.
Assim também na experiência religiosa.
*
Imaginemos se o Cristo, a pretexto de angariar contribuições para as boas obras, houvesse disputado a nomeação de Mateus para exercer as atribuições de chefe do erário, no palácio de Ântipas; se, para garantir o prestígio do evangelho, passasse a freqüentar os corredores do Pretório, com o intuito de atrair as atenções de Pila tos; se, para favorecer a causa da Boa Nova, resolvesse adular os familiares de Anãs, oferecendo-lhes passes magnéticos para curar-lhes as enxaquecas; ou se, para preservar-se na grande crise, tivesse provocado um entendimento com essa ou aquela autoridade do Cinéreo, acomodando-se ao mercado das influências políticas, junto do povo...
Ao invés disso, vemo-lo, a cada passo, coerente consigo mesmo.
Amparando os homens sem os escravizar ás ilusões.
Prestando serviço aos homens, em nome de Deus, sem conluiar-se com os homens em desserviço a Deus.
Esclarecendo sem impor.
Ajudando sem exigir.
Promovendo o bem de todos, sem cogitar do bem de si mesmo.
*
Indubitavelmente, todos nós lamentamos a incredulidade que lavra na terra, ressecando corações e ensombrando inteligências.
Urge, porém, compreender que, para abolir a tirania da negação que entenebrece o espírito humano, será necessário viver de acordo com a fé que ensinamos, a fim de que o mundo encontre em nós, primeiramente, o trabalho e a compreensão, a fraternidade e a concórdia que aspiramos a encontrar dentro dele.

Livro “Justiça Divina”-Psicografia Francisco Cândido Xavier - Espírito Emmanuel

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 16:46
Sexta-feira , 17 de Abril DE 2009

EM HONRA DA LIBERDADE



"Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo o Cristo.” –Paulo. (COLOSSENSES, 2:8.)

Se alcançaste um raio de luz do Evangelho, avança na direção do Cristo, o Divino Libertador.
Não julgues seja fácil semelhante viagem do espírito.
Encontrarás, em caminho, variados apelos à indisciplina e à estagnação.
Serás surpreendido a cada passo pelos sofistas da Religião, pelos falsários da Filosofia, pelos paranóicos da Ciência e pelos dilapidadores da História, empavesados nas engenhosas criações mentais em que encarceram a própria vida, buscando atrelar-te o pensamento ao carro da argumentação filauciosa a que se acolchetam, famintos de louvor e da vassalagem.
Mutilando a revelação divina, desfigurando preceitos da verdade, abusando da inteligência ou fantasiando episódios furtados ao registro fiel do tempo, armam ciladas ou levantam castelos teóricos, em que a sugestão menos digna te inclina a existência à rebelião e ao pessimismo, à viciação e à inutilidade.
Atendendo, quase sempre, a interesses excusos, lisonjeiam-te a insipiência, incensando-te o nome, quando não se desmandam na vaidade, aliciando-te a decisão para que lhes engrosses o séqüito de loucura.
Acompanhando-os, porém, não te farás senão presa deles, fâmulo desditoso das idéias desequilibradas que emitem, no temerário propósito de se anteporem ao próprio Deus.
Querem escravos para os sistemas falaciosos que mentalizam, quando Jesus deseja te faças livre para a conquista da própria felicidade.
Acautela-te no trato com todos os que tudo te pedem, no campo da independência espiritual, limitando-te a capacidade de sentir e pensar, empreender e construir, porquanto, em nos fazendo tributários da falsa glória em que se encasulam, relegam-nos a existência a planos de subnível, quando o Cristo de Deus, tudo nos dando em amor e sabedoria, nos ampliou a emoção e o conhecimento, a iniciativa e o trabalho, convertendo-nos em filhos emancipados da Criação, para que tenhamos não apenas a vida, mas Vida Santificada e Abundante.
Emmanuel
Do livro Palavras de Vida Eterna. Psicografia de Francisco Candido Xavier.

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 11:41
Quarta-feira , 25 de Março DE 2009

SOFRIMENTO E EUTANÁSIA


O Homem tem o direito de dispor da sua própria vida?
Não; somente Deus tem esse direito. O suicídio voluntário é uma transgressão dessa lei.
O suicídio não é sempre voluntário?
— O louco que se mata não sabe o que faz.
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec (questões 944 e 944 A)
Quando te encontres diante de alguém que a morte parece nimbar de sombra, recorda que a vida prossegue, além da grande renovação...
Não te creias autorizado a desferir o golpe supremo naqueles que a agonia emudece, a pretexto de consolação e de amor, porque, muita vez, por trás dos olhos baços e das mãos desfalecidas que parecem deitar o último adeus, apenas repontam avisos e advertências para que o erro seja sustado ou para que a senda se reajuste amanhã.
Ante o catre da enfermidade mais insidiosa e mais dura, brilha o socorro da Infinita Bondade facilitando, a quem deve, a conquista da quitação.
Por isso mesmo, nas próprias moléstias reconhecidamente obscuras para a diagnose terrestre, fulgem lições cujo termo é preciso esperar, a fim de que o homem lhes não perca a essência divina.
E tal acontece, porque o corpo carnal, ainda mesmo o mais mutilado e disforme, em todas as circunstâncias, é o sublime instrumento em que a alma é chamada a acender a flama da evolução.
É por esse motivo que no mundo encontramos, a cada passo, trajes físicos, em figurino moral diverso.
Corpos – santuários...
Corpos – oficinas...
Corpos – bênçãos...
Corpos – esconderijos...
Corpos – flagelos...
Corpos – ambulâncias...
Corpos – cárceres...
Corpos – expiações...
Em todos eles, contudo, palpita a concessão do Senhor, induzindo-nos ao pagamento de velhas dívidas que a Eterna Justiça ainda não apagou.
Não desrespeites, assim, quem se imobiliza na cruz horizontal da doença prolongada e difícil, administrando-lhe o veneno da morte suave, porquanto, provavelmente, conhecerás também mais tarde o proveitoso decúbito indispensável à grande meditação.
E usando bondade para os que atravessam semelhantes experiências para que te não falte a bondade alheia, no dia de tua experiência maior, lembra-te de que, valorizando a existência na Terra, o próprio Cristo arrancou Lázaro às trevas do sepulcro, para que o amigo dileto conseguisse dispor de mais tempo para completar o tempo necessário à própria sublimação.
Emmanuel
Do livro: Religião dos Espíritos
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 19:50
Sábado , 21 de Março DE 2009

DESENCARNADOS EM TREVAS


Reunião pública de 18-9-61.
1ª Parte, cap. VII, § 25.

Desencarnados em trevas...
Insulados no remorso...
Detidos em amargas recordações...
Jungidos à trama dos próprios pensamentos atormentados...

Eram donos de palácios soberbos e sentem-se aferrolhados no estreito espaço do túmulo.
Mostravam-se insensíveis, nos galarins do poder, e derramam o pranto horizontal dos caídos.
Amontoavam haveres e agarram-se, agora, aos panos do esquife.
Possuíam rebanhos e pradarias e jazem num fosso de poucos palmos.
Despejavam fardos de dor nos ombros sangrentos dos semelhantes, e suportam, chorando, os mármores do sepulcro, a lhes partirem os ossos.
Estagiavam ciência inútil e tremem perante o desconhecido.
Devoravam prazeres e gemem a sós.
Exibiam títulos destacados e soluçam no chão.
Brilhavam em salões engrinaldados de fantasias e arrastam-se, estremunhados, ante as sombras da cova.
Oprimiam os fracos e não sabem fugir à gula dos vermes.
Eram campeões da beleza física, e procuram, debalde, esconder-se nas próprias cinzas.
Repoltreavam-se em redes de ouro, e estiram-se, atarantados, entre caixas de pó.
Emitiam discursos brilhantes e gaguejam agora.
Deitavam sapiência e estão loucos.

Nada disso, porém, acontece porque algo possuíssem, mas sim porque foram possuídos de paixões desregradas.
Não se perturbam, porque algo tiveram, mas sim porque retiveram isso ou aquilo, sem ajudar a ninguém.
Se podes verificar a tortura dos desencarnados em trevas, aproveita a lição.
Não sofrerás pelo que tens, nem pelo que és.
Todos colheremos o fruto dos próprios atos, no que temos e somos.
Onde estiveres, pois, faze o bem que puderes, sem apego a ti mesmo.
Escuta o companheiro que torna do Além, aflito e desorientado, e aprenderás, em silêncio, que todo egoísmo gera o culto da morte.
Emmanuel
Do livro A Justiça Divina. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 22:34
Sexta-feira , 20 de Março DE 2009

AS ALMAS TORTURADAS


Quão triste, toda via, é a situação dos que no mundo se apegaram, demasiadamente, às alegrias mentirosas e aos prazeres fictícios. Muitos anos de dor os aguardam, nas regiões espirituais, onde contemplam incessantemente os quadros do seu pretérito, em desoladoras visões retrospectivas, na posse imaginária das coisas que os obsidiam.
Amantes do ouro, ali ouvem, continuamente, o tilintar de suas supostas moedas; ingratos, escutam os que foram enganados pelas suas traições; cenas penosas se verificam e muitas almas piedosas se entregam ao mister de guias e condutores espirituais desses Espíritos enceguecidos na ilusão e nos tormentos. Só ao amor dessas almas carinhosas permite que as esperanças não desfaleçam, cultivando-as incessantemente no coração abatido e desolado dos sofredores, a fim de que renasçam para os resgates necessários.

Fonte: Livro “Emmanuel” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Espírito: Emmanuel

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 23:30
Domingo , 22 de Fevereiro DE 2009

ANTE O DIVÓRCIO


Toda perturbação no lar, frustando-lhe a viagem no tempo, tem causa específica. Qual acontece ao comboio, quando estaca indebitamente ou descarrila, é imperioso angariar a proteção devida para que o carro doméstico prossiga adiante.
No transporte caseiro, aparentemente ancorado na estação do cotidiano (e dizemos aparentemente, porque a máquina familiar está em movimento e transformação incessantes), quase todos os acidentes se verificam pela evidência de falhas diminutas que, em se repetindo indefinidamente, estabelecem, por fim, o desastre espetacular.
Essas falhas, no entanto, nascem do comportamento dos mais interessados na sustentação do veículo ou, propriamente, do marido e da mulher, chamados pela ação da vida a regenerar o passado ou a construir o futuro pelas possibilidades da reencarnação no presente, falhas essas que se manifestam de pequeno desequilíbrio, até que se desencadeie o desequilíbrio maior.
Nesse sentido, vemos cônjuges que transfiguram conforto em pletora de luxo e dinheiro, desfazendo o matrimônio em facilidades loucas, como se afoga uma planta por excesso de adubo, e observamos aqueles outros que o sufocam por abuso de sovinice; notamos os que arrasam a união conjugal em festas sociais permanentes e assinalamos os que a destroem por demasia de solidão; encontramos os campeões da teimosia que acabam com a paz em família, manejando atitudes do contra sistemático, diante de tudo e de todos, e identificamos os que a exterminam pelo silêncio culposo, à frente do mal; surpreendemos os fanáticos da limpeza, principalmente muitas de nossas irmãs, as mulheres, quando se fazem mártires de vassoura e enceradeira, dispostas a arruinar o acordo geral em razão de leve cisco nos móveis, e somos defrontados pelos que primam no vício de enlamear a casa, desprezando a higiene.
Equilíbrio e respeito mútuo são as bases do trabalho de quantos se propõem garantir a felicidade conjugal, de vez que, repitamos, o lar é semelhante ao comboio em que filhos, parentes, tutores e afeiçoados são passageiros.
Alguém perguntará como situaremos o divórcio nestas comparações. Divorciar, a nosso ver, é deixar a locomotiva e seus anexos. Quem responde pela iniciativa da separação decerto que larga todo esse instrumental de serviço à própria sorte e cada consciência é responsável por si. Não ignoramos que o trem caseiro corre nos trilhos da existência terrestre, com autorização e administração das Leis Orgânicas da Providência Divina e, sendo assim, o divórcio, expressando desistência ou abandono de compromisso, é decisão lastimável, conquanto às vezes necessária, com raízes na responsabilidade do esposo ou da esposa que, a rigor, no caso, exercem as funções de chefe e maquinista.

Emmanuel
Extraído do livro "Luz no Lar"- Francisco Cândido Xavier
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 19:23
Quarta-feira , 11 de Fevereiro DE 2009

COMUNIDADE


“Porque com o juízo quê julgardes, sereis julgados e a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.¨
- JESUS; MATEUS, 7: 2.

“A caridade o a fraternidade não se decretam em leis.
Se uma e a outra não estiverem no coração, o egoísmo ai sempre imperará.
Cabe ao Espiritismo faze-los, penetrar nele. ” Cap. 25, 8.

Sempre que possas, lança um gesto de amor àqueles que se apagam no dia-a-dia, para que te não faltem segurança e conforto.
Vértice não se empina sem base.
Banqueteias-te, selecionando iguarias.
Legiões de pessoas se esfalfam nas tarefas do campo ou nas lides da indústria para que o pão te não falhe.
Resides no lar, onde restauras as forças.
Dezenas de obreiros sofreram duras provas ao levantá-lo.
Materializas o pensamento na página fulgurante que o teu nome chancela.
Multidões de operários atendem ao serviço, para que o papel te obedeça.
Ostentas o cetro da autoridade.
Milhares de companheiros suportam obscuras atividades para que o poder te brilhe nas mãos.
Quanto puderes, como puderes e onde puderes, na pauta da consciência tranqüila, cede algo dos bens que desfrutas, em favor dos companheiros anônimos que te garantem os bens.
Protege os braços que te alimentam.
Ajuda aos que te sustentam a moradia.
Escreve em auxílio dos que te favorecem a inteligência.
Ampara os ~que te asseguram o bem-estar.
Ninguém consegue ser ou ter isso ou aquilo, sem que alguém lhe apóie os movimentos naquilo ou nisso.
Trabalha a beneficio dos outros, considerando o esforço que os outros realizam por ti.
Não há rio sem fontes, como não existe frente sem retaguarda.
Na terra, o astrônomo que define a luz das estrelas é também constrangido a sustentar- se com os recursos do chão.

Extraído do livro " O Livro da Esperança" - Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 15:10

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